Diário da Manhã

domingo, 17 de novembro de 2024

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TEATRO : Labirinto da memória feminina

04 maio
09:21 2016

Ela à frente expressa: “Sim, perdão”.  Ao fundo exterioriza: “Nunca entendi”. Num dos flancos mira o espelho. Noutro extremo ajeita as contas do colar. À esquerda está abrindo caixa de papelão. À direita, com a cabeça baixa, murmura sobre a irmã Josefina, critica o cunhado e desconfia do vizinho. No labirinto subjetivo da personagem “Adela”, pistas que invadem a memória fragmentada. Nas nuances personificadas por seis jovens atrizes, falas e gestos que tangenciam a solidão, loucura, abuso e crime. Adela, criação do dramaturgo argentino Daniel Veronese, não se reduz a libelo. Não há estação de chegada na adaptação apresentada por estudantes do curso de teatro da UFPel. O que se destaca é o empenho por proeza que, recorrendo a várias “Adelas” em cena, remete ao insondável labirinto da memória feminina. Fronteira que rastreia o inconsciente. Provocação que, muito além do gênero, inquieta o espectador atentamente humano.

RETORNO – O professor Adriano Moraes (UFPel), coordenador do projeto, no domingo divulgou que “Adela” terá novas apresentações no decorrer do ano. No elenco: Athila Cassuriaga; Eliziane Hernandes; Patricia Lopes; Roberta Postale; Shaiane Molina; Verônica Díaz e Grazielle Bessa. Figurinos foram criados por Larissa Martins, e a iluminação esteve a cargo de Ederson Pestana.

(C0G0Y)

Estudantes do terceiro semestre de teatro apresentaram a montagem ADELA

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