Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

Notícias

TERÇA COM MÚSICA : Duo apresenta “Salve nossos mestres”

08 novembro
09:15 2016

Hoje às 18h30min no pátio do Mercado Público, música com Eduardo Fuentes e Mateus Brod

Por Carlos Cogoy

Luiz Gonzaga, John Lennon, Bob Dylan e Lupicínio Rodrigues. Alguns dos compositores que estarão no repertório do Terça com Música. Ao entardecer, os músicos e ambientalistas pelotenses, Eduardo Fuentes (violão e voz), e Mateus Brod (gaita de boca), apresentarão o show “Salve nossos mestres”. No pátio em frente à Banca 42 no Mercado Público, eles serão a atração no Terça com Música. A realização é da Banca 42 e A Vapor Estúdio, com financiamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA). Apoio de Seriarte e MC55. ENTRADA FRANCA.

Violonista Eduardo Fuentes e Mateus Brod na gaita

Violonista Eduardo Fuentes e Mateus Brod na gaita

SHOW – Eduardo Fuentes menciona: “’Salvem Nossos Mestres’, trabalho a ser apresentado em duo no Terça com Música, surgiu há dois meses, do interesse mútuo pela música e da possibilidade de juntar os instrumentos em torno de uma proposta de divulgação e tributo aos artistas que amamos, de maneira abrangente e sem grandes pretensões, a não ser a de oferecer a nossa melhor contribuição para o movimento artístico e cultural de nossa cidade”.

FUENTES é natural do bairro Simões Lopes, e começou a tocar aos catorze anos. Aos quinze anos, violão “Fiber” da Giannini como presente de aniversário. Posteriormente, autodidata com base em revistas e livros de música. Nos anos oitenta, Fuentes acompanhou a efervescência de locais como a Boate do Direito e Odonto. Nas primeiras interpretações: Caetano Veloso; Secos & Molhados; Nei Lisboa; Milton Nascimento; Zé Ramalho. Em 1991, Fuentes deixou o curso de música e rumou para Brasília. Nessa fase, influências de Paulinho da Viola, Luiz Melodia e Arrigo Barnabé, bem como o rock nacional. Em 2001, chegada no Recife, coincidindo com o movimento “Manguebeat”. Com a vivência, raízes nordestinas na sonoridade. Ano passado, Fuentes voltou para Pelotas. “Minha trajetória musical sempre foi como intérprete e violonista, por vezes arranjador e instrumentista nos trabalhos de outros artistas. Apesar de ter criado algumas músicas instrumentais, sem letra, nunca levei tão a sério essas composições. Acredito que as mudanças de cidades me estimularam a seguir individualmente, talvez pela dificuldade de construir uma proposta de grupo.  Apesar de gostar da música como profissão, não adotei esse caminho como prioritário no passado recente, e hoje toco mais pelo prazer de proporcionar entretenimento aos que me assistem, pois isso me realiza como músico e como pessoa”, diz.

CENA cultural conforme o músico “está muito interessante e efervescente como sempre, com opções para todos os estilos e gostos, revelando a diversidade natural de nossa cultura. A situação para os músicos não é muito confortável financeiramente, apesar do apoio governamental que existe, uma vez que há grande número de bons músicos e projetos em andamento, o que aumenta a concorrência pelos espaços. Esses espaços, por sua vez, ainda não têm recebido o público que merecem. Espera-se que o verão estimule a abertura de novos espaços e o aumento do público, mas a falta de uma política de investimento em infraestrutura e turismo pode ser um entrave, levando nosso público para outras localidades mais bem preparadas para a chegada das férias”, diz o músico qué doutor em zoologia. Como projetos, cita o Facebook (@musicaeconteúdo) e Medium (@eduardofuentes), onde analisa composições.

Mateus Brod

Mateus Brod

O talento de “Mateus da gaita”

Fragatense, começou a tocar harmônica aos dezessete anos. Autodidata, destaca as dicas que recebeu de Benê Jr da Orquestra de Harmônicas de Curitiba. Entre as influências musicais, em diferentes momentos, vai listando: Pink Floyd; Titãs; blues; jazz; MPB e música regional. Mateus Brod ou “Mateus da gaita”, como é conhecido, atualmente ressalta a poética contemporânea de Nei Lisboa. E acrescenta: “Adoro o trabalho de Vitor Ramil, sou fissurado em Adoniran Barbosa e sua crítica irreverente como ator e compositor. Elis Regina é a maior intérprete da música mundial de todos os tempos, na minha opinião, e o disco que mais escuto nos últimos anos é ‘Kind of Blues’ de Miles Davis. Tenho uma postura dita como eclética pela maioria mas, como artista, acredito que devemos estar abertos ao que nos toca como arte”.

DUO com Eduardo Fuentes. Mateus explica: “A parceria surgiu quando Regina Bainy apresentou os dois músicos, visando a possibilidade de trabalho conjunto com ela. Mas a amiga teve que dar prioridade a assuntos pessoais. Mesmo assim os músicos encontraram singularidades no repertório musical e começaram a trabalhar no que será tocado nesta terça. Quando a música reúne dois apaixonados pela arte, as ideias começam a aflorar. E já estamos conversando sobre a possibilidade de dar atenção ao nosso trabalho autoral”.

CORINGA – As primeiras apresentações de Brod, ocorreram na Livraria e Café Dom Quixote. Ao fim da década de noventa, integrou trio com Diego “Alemão” e Godoy. Nos anos 2000, foi um dos fundadores da banda de blues “Cachorro da Lua”. Com a banda “Necessidade básica”, apresentação no Theatro Sete de Abril, e segundo lugar em concurso de bandas organizado pela UCPel. Acompanhando Rô Mourão, Dija e Sandro Martins, segundo lugar no Descobrindo Talentos do Sesi. Outra apresentação que destaca foi como músico convidado, em espetáculo da Escola Beatriz Rosselli. Em Pedro Osório, presença no “Pedrostock”. “Tive alguns trabalhos que considero importantes ao lado do guerreiro Celso Krause, além de ter sido convidado para abrir o Jazz Day Pelotas 2015, evento que também me apresentei em 2016. Na trajetória, oportunidade de dividir o palco com mais de uma centena de formações. E me orgulho de ser um ‘coringa musical’, me encaixando e alimentando com sonoridade a música e trabalhos de quem considero que faz música pela arte, ou seja, a maior expressão da cultura que o homem construiu”, diz Brod que, em Porto Alegre, integrou o grupo “Os Grilos”.

ESCREVER – Mestre em biologia, Mateus Brod também se dedica a escrever: “Eu sempre tive o habito de expressar meus sentimentos no papel, estou sempre com a ‘pena’ em mãos para desbravar minhas emoções. Escrevo letras de músicas, poesias e algumas crônicas que, devido a outras ocupações da vida, estou com dificuldade de difundir. Mas estou me organizando para isso e acredito que, em breve, alguns desses escritos vão ganhar vida para mais pessoas. Eu vivo aberto ao que a vida tem para me oferecer. A arte esta sempre plena dentro de mim, mesmo que não venha a ser meu carro chefe”.

 

 

Notícias Relacionadas

Comentários ()

Seções