TIME EXPERIENTE : Graduado em decisões
A experiência em decisões nos últimos três anos e a força coletiva são os favores favoráveis ao Brasil na decisão diante do Fortaleza nas quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série C. O confronto vale vaga na segunda divisão nacional. O primeiro jogo é sábado, no Bento Freitas; e o segundo, dia 17, no Castelão, em Fortaleza.
O time do Brasil se graduou em decisões nos últimas temporadas. Se a atual é a decisão mais importante, as anteriores foram fundamentais para que o Xavante alcançasse esse momento privilegiado na Série C. Wender, Cirilo, Fernando Cardozo, Leandro Leite, Washington, Cleiton, Márcio Hahn, Gustavo e Márcio Jonatas são remanescentes do grupo que penou na segunda divisão gaúcha em 2013. E foi exatamente ali que o perfil vitorioso da equipe começou a se formar.
A lição mais valiosa ocorreu numa derrota em Rio Grande na decisão do primeiro turno da Divisão de Acesso. Favorito, o Brasil perdeu a vaga antecipada para o São Paulo nos pênaltis, depois de uma derrota por 1 a 0 no tempo normal. “Aquela derrota foi um divisor d’água”, costuma lembrar o presidente Ricardo Fonseca, que sempre ressalta a convicção, que sustentou a continuidade do trabalho, apesar desse revés.
Meses depois, o Brasil assegurava o acesso contra o Santo Ângelo e conquistava o título da Segundona diante do mesmo São Paulo. Na primeira divisão, a equipe xavante continuou evoluindo. O título do interior de 2014 foi a “porta de entrada” para retornar ao Campeonato Brasileiro, garantindo vaga na Série D. A presença na semifinal do Gauchão, contra o Grêmio, na Arena, serviu também para o amadurecido do elenco, apesar da eliminação.
Nesse processo de evolução da equipe ganha relevância as decisões na Série D: o acesso, diante do Brasiliense, em Brasília; e passagem para a final diante do Londrina. No Gauchão de 2015, o Brasil repetiu a dose com o título do interior e de novo foi a semifinal – desta vez contra o Inter. Se o crescimento foi ainda insuficiente para passar pela Dupla Gre-Nal, esses jogos foram importantes para acostumar o time às decisões. Da mesma forma em que se destacam as duas partidas na Copa do Brasil – contra Atlético/PR (2013) e Flamengo (2015).
Vagas abertas no meio-campo
A surpresa na escalação do Brasil na última partida – vitória de 2 a 0 diante do Tupi, em Juiz de Fora – foi Teco no lugar de Fernando Cardozo na zaga. Para a partida de sábado a expectativa é quanto os substitutos de Felipe Garcia e Washington, que estão suspensos. Quem vai jogar certamente só será confirmado cerca de 45 minutos antes do início do jogo com o Fortaleza, sábado, às 16h, no Bento Freitas.
A vaga de Felipe Garcia, que foi expulso no último jogo, deve ficar com Cleiton. Os dois se revezaram na função pelo lado direito do meio-campo, embora o técnico Rogério Zimmermann atribua o crescimento na produção de Diogo Oliveira ao retorno a titularidade de Felipe Garcia. Só que desta vez não é uma questão de escolha, mas de necessidade.
Já para a função de segundo volante, as opções são mais variadas. Nunes pode ser o escolhido, porque já substituiu Washington em outros momentos. Galiardo poderia ser a primeira alternativa, mas o jogador não vem sendo aproveitado em função de uma lesão muscular. Os outros concorrentes são Jardel e Márcio Hahn, mas eles têm sido utilizados na lateral-direita e na meia, respectivamente.