TRÂNSITO : Detran divulga redução de 25% no índice de mortes
O Estado registrou em 2016 o menor índice em dez anos e uma redução de 25% em relação a 2010, ano considerado crítico no trânsito gaúcho pelo grande número de mortes. Com a atualização das projeções populacionais do Rio Grande do Sul pela FEE (Fundação de Economia e Estatística), o Detran/RS também atualizou os índices de acidentes e mortes no trânsito. O período de 2007 a 2016 corresponde aos dez anos em que o Detran/RS adotou a metodologia internacional que acompanha as vítimas até 30 dias após o acidente.
Índices são considerados instrumentos melhores para medir a violência no trânsito, já que contextualizam acidentes com dados da população e frota de veículos. Em 2016, quando segundo a FEE, a população gaúcha chegou a 11,3 milhões, o índice de mortes no trânsito foi de 14,9 vítimas para cada 100 mil habitantes. Em 2007, quando começou a série histórica, a população do RS era de 10,8 milhões e 1.833 pessoas morreram no trânsito, um índice de 16,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2010, quando tivemos o maior número de mortes do período – 2.190 vítimas – e a população era de 11 milhões, o índice chegou a 19,9 mortes para cada 100 mil habitantes.
PREOCUPAÇÃO – Embora menores do que há dez anos, os índices ainda são muito altos. A taxa do Rio Grande do Sul é menor que a brasileira, que é de 23,4 mortes para cada 100 mil habitantes, mas muito maior que a taxa europeia, que é de 9,3 para cada 100 mil habitantes, segundo o Relatório Global de Segurança Viária 2015, que traz dados de 2013.
Depois de dois anos em queda, os números absolutos de acidentes e mortes no trânsito voltaram a crescer em 2017. Comparativo dos primeiros sete meses do ano aponta para um crescimento de 4% no número de mortes no trânsito em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 976 mortes de janeiro a julho de 2016 e 1.014 neste ano.
O crescimento da acidentalidade em 2017 preocupa os órgãos de trânsito. “Vínhamos um uma tendência de queda, colhendo bons resultados das diversas ações adotadas no Estado. Intensificamos programas de fiscalização e combatemos a impunidade, incrementando ano a ano a instauração dos processos de suspensão e cassação do direito de dirigir”, avalia o diretor do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski.
“Precisamos ampliar a estratégia, especialmente na área de educação para o trânsito. Mudar essa situação demanda o envolvimento de todos”, conclui Szinvleki.