TRANSPORTE COLETIVO : Assembleia poderá definir por paralisação
A paciência e tolerância dos trabalhadores rodoviários do transporte coletivo urbano de Pelotas estão no limite. E isso pode ser relevante em seus posicionamentos e decisão na assembleia desta sexta-feira, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) com pauta especifica: discussão da insegurança e violência que acompanha motoristas, cobradores e usuários do transporte coletivo urbano.
Na pauta do edital de convocação consta a possibilidade de ser definida uma paralisação do serviço, bem maior do que a ocorrida na terça-feira desta semana, quando os ônibus paralisaram das 8h30min às 11h. Alguns segmentos dentre os trabalhadores defendem uma paralisação por pelo menos dois dias.
“Não dá mais para trabalhar com tranquilidade, pois a qualquer momento temos uma arma apontada para nós. E até quando vamos esperar para que as autoridades tomem uma providência? Vai ser preciso morrer alguém?”, desabafa um cobrador que faz itinerário da Zona Norte e que já perdeu a conta das vezes em que foi assaltado por bandidos armados de facas ou revólveres.
MANHÃ E NOITE
A assembleia desta sexta-feira será em dois momentos, para possibilitar a participação de número expressivo de trabalhadores sem prejudicar seus compromissos. A primeira será às 10h; a segunda, às 20h, ambas na sede do Sindicato. A Brigada Militar e Secretaria Municipal de Segurança foram convidadas para se fazerem presentes.
Caso decidam por um protesto do tipo mais radical, com a paralisação dos serviços, será tudo acertado durante a assembleia. Mas para período a partir da próxima segunda-feira.
“Os trabalhadores estão cansados de serem vítimas, de estar na linha de frente, expostos à violência que só aumenta. O Sindicato tem mantido contatos e reuniões com os órgãos de segurança no município, mas infelizmente não está adiantando”, observa José Inácio de Jesus (Zequinha), presidente do STTRP, lembrando que em 2017 foram 174 assaltos registrados aos trabalhadores do transporte coletivo urbano. Este ano o número já ultrapassa 15.
NA TERÇA-FEIRA, durante a paralisação e protesto junto ao Terminal Urbano, em frente ao Supermercado Guanabara, quatro trabalhadores que lanchavam dentro de um coletivo foram assaltados por dois bandidos que se utilizando de revólveres.levaram seus aparelhos celulares e dinheiro.
