TRANSPORTE COLETIVO :Empresários e trabalhadores negociam para evitar greve
Negociações salariais pautarão a quinta-feira no setor urbano e interdistrital do serviço em Pelotas
A quinta-feira do setor do transporte coletivo urbano de Pelotas será de importantes decisões para com o andamento do serviço. Pela manhã, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Pelotas (SETRP) vai estar reunido para deliberar sobre as conversações com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP). Da reunião dos empresários deverá sair a contraproposta à reivindicação dos trabalhadores com vistas ao dissídio da categoria, que tem como data-base o dia 1 de novembro.
Na proposta tirada de assembleia da categoria e enviada às empresas, os trabalhadores rodoviários reivindicam reajuste de 6% mais a inflação do período, hoje, 1,6%, alem da manutenção de cláusulas sociais conquistadas em negociações anteriores.
Ainda na tarde da quinta-feira haverá um encontro das direções sindicais: empresários e trabalhadores, quando possivelmente será entregue a contraproposta empresarial, a qual será discutida à noite em assembleia no STTRP. Dentre a categoria, ninguém sabe o constante na proposta dos empresários. Mas há quem acredite que ela estará distante das reivindicações trabalhistas.
“Vamos esperar e torcer para que sejamos atendidos de acordo com nossas demandas, sem a necessidade de uma decisão contrária aos interesses de todos”, avalia um trabalhador que pediu para não ser identificado.
A assembleia dos trabalhadores está marcada para se iniciar às 20h desta quinta-feira, em primeira chamada, ou 20h30min, em segunda. No edital de convocação dos trabalhadores, alem das deliberações sobre os rumos das negociações consta “deliberação sobre indicativo de greve”.
TARIFA – Ao contrário de anos anteriores, este ano a prefeitura definiu no começo deste mês o novo valor da tarifa do transporte coletivo urbano, a qual passou de R$ 3,25 para R$ 3,35, no dia 12.
“Está definido o valor da tarifa, então que decidam logo o reajuste salarial dos trabalhadores para que seja evitada uma greve, com prejuízos para todos, bem no final do ano”, salienta o comerciário Roberson Mendes.
