Diário da Manhã

As negociações entre empresários e trabalhadores do transporte coletivo urbano e interdistrital (Rural) de Pelotas, com vistas ao reajuste salarial da categoria, apontam para período meio turbulento. E pode sobrar para a população que poderá ficar sem transporte coletivo. Em assembleia extraordinária nesta quinta-feira (19), promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP), a categoria aprovou indicativo de paralisação do serviço.

A decisão já foi comunicada ao Executivo Municipal e Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP) E os rodoviários já marcaram nova assembleia para o dia 26 deste mês, próxima quinta-feira. É nesta data que eles decidirão qual rumo tomarão. Tudo vai depender das respostas às suas demandas.

Segundo o presidente do STTRP, Claudiomiro Amaral, o Sindicato está cumprindo todas as formalidades do processo de reajuste salarial da categoria e espera que o poder público e CTCP encontrem uma solução para atender a demanda dos trabalhadores, sem que haja a necessidade de uma paralisação do serviço.

Ainda de acordo com Claudiomiro, o último reajuste dos rodoviários ocorreu em outubro de 2019. No ano passado não houve reajuste e a categoria vai para dois anos sem reposição salarial. A pedida dos rodoviários é baseada na reposição pelo INPC de 2020, ou seja, 4,77%. Os empresários oferecem 5%, mas contando os anos 2020 e 2021. O ponto de discórdia, segundo Amaral, é que a proposta empresarial engloba dois anos, sendo que a data-base do ano 2021 ainda está por vir, em outubro. Isso, de acordo com o sindicalista, significa dois anos sem reajuste.