Diário da Manhã

Na partida em Vacaria, o bom público marcou presença. Os rubro-negros que saíram em diversas excursões também estavam lá. O time da casa vai jogar a Série A-2 do Campeonato Gaúcho e ainda não havia estreado oficialmente na temporada. A equipe do técnico Alê Menezes demonstrou uma marcação pegada e bastante bruta. O Brasil, quando conseguiu colocar a bola no chão e sair das faltas, era melhor. As chances claras de gol foram rubro-negras. Em um rápido contra-ataque, enfiada de bola para Marllon na grande área, mas ele parou em Régis, que fez grande defesa, espalmando para escanteio.

Em outro ataque, jogada individual do rápido Luizinho, e ele foi parado com falta. Na cobrança, Henrique Ávila disparou e mandou pela linha de fundo. Procurava o ângulo. Quem também tentou foi o zagueiro Rafael Castro, através de dois levantamentos em cobrança de falta, mas houve o desperdício. No final da etapa, Luis Menezes disparou de longe e a bola passou por cima do travessão, assustando Régis.

O Glória atacava só em cruzamentos e a defesa do Brasil conseguia rebater. Mas na etapa final o jogo ficou perigoso. O Glória partiu para o ataque. João Paulo no lugar do volante marcador Vacaria e o camisa 17 Luiz Carlos no lugar de Baggio, que não fez boa partida, deram outro tom para os mandantes. Os ataques do Glória passaram a ser constantes. Baggio, em lance anterior, já havia simulado pênalti e levado cartão amarelo. Mas aí os anilados jogaram em função do camisa 9 Biel, ele girou em cima do marcador, chutou cruzado, Marcelo espalmou e a bola foi no braço do defensor rubro-negro. A arbitragem mandou seguir, porque não houve a intenção do toque no braço nem a bola iria em direção ao gol. Ela estava saindo da pequena área.

O Glória insistia até que cobrança de falta foi rebatida pela defesa e a bola sobrou para Vitor, o bom lateral esquerdo chutou rasteiro e Luis Menezes se atrapalhou para cortar, a bola pegou em sua perna e foi para o canto, tirando o goleiro Marcelo da jogada: 1×0. Festa no Altos da Glórias e desespero xavante.

Jerson Testoni, que já havia tirado Luizinho para entrada do volante Juliano, precisou de reforços no ataque. Chamou Luiz Filipe e Léo Ferraz, os meninos subidos da base. E não era mesmo a noite de Luis Menezes: na última chance para vencer o goleiro Régis, ele matou no peito na entrada da área, experimentou o chute forte de direita e a bola acertou em cheio na trave, mantendo o placar favorável aos mandantes. Caso o Brasil empatasse o jogo, sairia com a classificação pelo regulamento que favorece aos visitantes.

Na noite de Copa do Brasil, o Azuriz do Paraná superou o Botafogo de Ribeirão Preto e o Tocantinópolis superou o Náutico, mostrando que no mata-mata, ainda mais em jogo único, pode surpreender. Na terça-feira, o Cascavel já havia eliminado a Ponte Preta. O Brasil sai magoado, uma derrota que não estava nos planos e compromete o orçamento da equipe na temporada. O time precisa reagir rápido e tentar a recuperação no Campeonato Gaúcho, onde a tabela equilibrada deixa a briga por posições em aberto para as últimas três rodadas.