TUMULTO : Risco de punição outra vez
Ao mesmo tempo em que curte pelo segundo ano seguindo a conquista do título do interior (isso já está garantindo, mas pode ser trocado pelo título de campeão ou vice do Gauchão), o Brasil tem motivos para se preocupar.
Além da interdição do Bento Freitas, o clube terá novamente problemas com a Justiça Desportiva. Desta vez, o risco de punição é consequência dos episódios de sábado no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande.
O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Alberto Franco, espera pela súmula do jogo entre Brasil e Internacional (empate por 1 a 1 no jogo de ida das semifinais do Gauchão) para formular a denúncia. O documento elaborado pelo árbitro Anderson Daronco, que relata os acontecimentos na partida, não tinha sido publicado até o começo da noite de ontem no site oficial da Federação Gaúcha de Futebol.
Pelas imagens veiculadas pela tevê, Franco já definiu que irá denunciar o Brasil no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que se refere a “deixar de tomar providencias capazes de prevenir e reprimir desordem em praça de desporto”. A pena prevista é multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Mas o risco maior está no parágrafo primeiro desse artigo, o qual se refere a “quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial”.
Já preocupado com a defesa no julgamento, o Brasil estaria reunindo imagens que provam que o tumulto foi originado por um torcedor do lado reservado aos colorados no Aldo Dapuzzo, que teria feito gestos racistas durante o intervalo do jogo.