UFPEL : Mostra de montagens do curso de dança acontece sábado e domingo
Sábado às 19h30min e domingo às 19h, espetáculos gratuitos do curso de licenciatura em dança
Por Carlos Cogoy
14 trabalhos cênicos na mostra que apresenta montagens do curso de licenciatura em dança da UFPel. Conforme a professora Maria Falkembach (UFPel), a primeira apresentação “E o verbo se fez carne e habitou entre nós”, ocorreu ao fim de maio e foi mostrada no Colégio Municipal Pelotense. No fim de semana que está chegando, serão mais duas. De acordo com a proposta da mostra, as apresentações acontecem num circuito pela cidade. Assim, o público pode apreciar em diferentes locais. E a programação terá encenações até 10 de julho.
SÁBADO às 19h30min, performance “64” na sede da Ocupação Coletiva de Arte (OCA) – rua Dona Mariana 1. Com direção de Shaiane Beatriz dos Santos, a montagem “ressalta a dança e o corpo como espaço memória. Traz para a cena o corpo torturado e esquecido de mulheres e homens marcados por um período sombrio do Brasil. Torna visível o corpo despedaçado das mães que carregam a ausência dos desaparecidos”.
DOMINGO às 19h no auditório do bloco 2 do Centro de Artes (CEARTES/UFPel) – rua Álvaro Chaves 65 -, apresentação de “(COM)Fusão”. O espetáculo é criação de Sidinéia Milano Garcia e conta “a aventura do Sultão Talib e sua ama Samira. O casal viaja ao Brasil para ver as fusões que as bailarinas brasileiras estão fazendo. Elas mesclam a dança oriental árabe, com as danças e ritmos locais”.
TERÇA às 20h na sala Carmen Biasoli – rua Almirante Tamandaré 301 -, “Afinal de contas… O que é a morte?” de Inda Rulio Bajar. Conforme divulgação: “O espetáculo de dança contemporânea trata a questão da morte, a partir de uma perspectiva que a entende como parte da vida e não como o fim. A morte está presente em cada ciclo que se encerra, em cada aspecto da natureza que se transforma. A cultura ocidental nos ensina a ter medo da morte, associando-a sempre a sofrimento. Então, sendo que é algo tão natural, por que é difícil lidar com ela?”.
MULTIPLICIDADE – Organizadores acrescentam: “Essa multiplicidade de projetos cênicos responde à diversidade contemporânea na qual o curso de dança-licenciatura se insere e evidencia. Multiplicidade que importa porque o curso, na formação de professoras e professores de dança, coloca-se na defesa da educação democrática, inclusiva, que respeita as diferenças e promove a igualdade de direitos, de saberes e culturas. O curso e a direção do Centro de Artes, entendem que a mostra é um modo de expandir sua prática pedagógica para toda a cidade. É um modo de contribuir com o desenvolvimento artístico da cidade e com o acesso à arte, direito de todos. Assim, convidamos a comunidade pelotense a participar, lembrando que a entrada é gratuita, normalmente com retirada de senhas devido a lotação dos espaços”.