Diário da Manhã

sábado, 04 de maio de 2024

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UFPEL/CAMPUS ANGLO : Consultórios itinerantes completam um ano

10 dezembro
10:12 2014

Três grandes carretas de um chamativo amarelo estacionadas no Campus Anglo da Universidade Federal de Pelotas completam hoje um ano de sua inauguração. São os Consultórios Itinerantes, espaços de saúde administrados pelo Hospital Escola da UFPel que vêm transformando a vida de diversos estudantes da rede pública de ensino de Pelotas.

Voltados para as áreas de Oftalmologia e Odontologia, as carretas já realizaram cerca de mil atendimentos desde que começaram a funcionar, no mês de janeiro. O trabalho é uma parceria entre o Hospital da UFPel e a Secretaria Municipal de Educação de Pelotas, que realiza a triagem e faz o transporte dos escolares até o local. O Lions Clube Pelotas Centro também é colaborador no processo, em especial na seleção dos pacientes oftalmológicos.

A diretora do HE, Julieta Fripp, considera o projeto estratégico para a realização dos atendimentos nas duas áreas, pois muitas vezes os alunos não têm acesso a esse tipo de procedimento na rede básica de saúde, em especial na área de oftalmologia, que apresenta muitas carências.

Ela destaca também a alta qualidade dos serviços oferecidos nesses consultórios, formados por equipamentos de última geração e equipe profissional formada por professores da UFPel e técnicos especialmente contratados para tal fim. “Os atendimentos estão tendo uma grande repercussão, não apenas nas políticas de saúde, mas também na área da educação”, conta Julieta.

ATENDIMENTO nas áreas de Oftalmologia e Odontologia

ATENDIMENTO nas áreas de Oftalmologia e Odontologia

Para a coordenadora de Ensino, Pesquisa e Extensão do Hospital, servidora, que também está à frente do programa Consultórios Itinerantes, Camila Schwonke, o trabalho é de muita satisfação, mas de muitos desafios. Ela afirma ser de extrema importância poder intervir na saúde dos estudantes em tempo hábil.

De acordo com Camila, as duas áreas contempladas pelo programa foram identificadas pelos ministérios da Saúde e da Educação como os principais problemas de saúde que levam à evasão escolar. “A criança que não enxerga, por exemplo, pode ser considerada hiperativa, por não conseguir se concentrar devido ao problema de visão”, explica a coordenadora. Dessa forma, quando diagnosticada corretamente, ela passa a ter mais qualidade de vida e um melhor desempenho escolar.

AMPLIAÇÃO

Os números do primeiro ano, que já são consideráveis, tendem a ser superados pelos de 2015. Serão diversas iniciativas que permitirão essa ampliação. A primeira delas, segundo a coordenadora Camila, já está em vigor: a jornada de um profissional fixo para o atendimento nos consultórios. Também já estão sendo captadas novas escolas para a realização das consultas e procedimentos.

A diretora do HE afirma que será no próximo ano que as carretas exercerão uma característica importante do projeto, a de ser itinerário. Julieta conta que esta fase ainda está em articulação com o governo municipal e estadual, além de aguardar o recurso para esse custeio. No entanto, a ideia é que no segundo semestre deixem de ser atendidas somente escolas de Pelotas para que outros municípios da região sejam contemplados.

Julieta afirma que, embora ainda não tenham sido iniciados os atendimentos itinerantes, o cronograma do projeto está sendo cumprido, pois era previsto que inicialmente somente as escolas do entorno fossem recebidas, como é o caso da Escola Municipal Ferreira Viana, a instituição piloto do programa.

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