UM ANO DEPOIS : Missão mais difícil
Barbieri salvou o Pelotas do rebaixamento em 2013. E agora conseguirá?
No dia 20 de fevereiro de 2013, o Pelotas anunciou a contratação de Luiz Carlos Barbieri. Um ano depois (21 de fevereiro de 2014), o clube confirma a volta do treinador à Boca do Lobo. A missão é a mesma: salvar o time do rebaixamento e, se possível, conseguir uma vaga nas quartas de final do Campeonato Gaúcho. Mas a situação é diferente: no ano passado, Barbieri pegou a equipe com três pontos de vantagem da zona de degola. Agora, está na lanterna do campeonato – três pontos de distância do primeiro time a escapar do descenso.
“Na minha vida nunca fugi de desafios”, assegurou o treinador, enquanto se preparava para começar a viagem de Campinas para Pelotas. Barbieri chega à cidade no final da manhã deste sábado e vai se encontrar com os jogadores na concentração. Ele está disposto a comandar o time diante do São Paulo, às 20h30, na Boca do Lobo. “O profissional tem que estar sempre motivado para trabalhar. Se não tiver essa motivação, é melhor parar”, frisou.
Luiz Carlos Barbieri encontra no Pelotas uma série de problemas para escalar a equipe, além da necessidade de vencer três ou quatro jogos dos seis restantes pelo Gauchão. Igor, Bruno Salvador e Cesar Santiago estão suspensos pelas expulsões em Passo Fundo. Lucas, Mithyuê e Lucas Bahia, lesionados. Digão foi mais um que não treinou nesta sexta-feira.
Dança dos técnicos no Gauchão
TREINADOR I – O Pelotas tentou contratar Itamar Schulle, do Novo Hamburgo, mas a negociação não avançou, porque o treinador queria contrato até o final da temporada. O compromisso do clube com Luiz Carlos Barbieri é até o final do Gauchão. Desta vez, o treinador não traz auxiliar (em 2013, ele teve a companhia do auxiliar Everton Severo). Os demais membros da comissão técnica do Pelotas são mantidos nos cargos.
TREINADOR II – Hélio Vieira foi apresentado no final da manhã desta sexta-feira como novo treinador do Aimoré, substituindo Ben Hur Pereira. A estreia de Vieira será diante do Brasil, neste domingo, no Cristo Rei.
TREINADOR II – Até a noite de ontem, o São José não tinha anunciado seu novo treinador para substituir Beto Campos, que foi para o Juventude. Beto Almeida, Paulo Porto e Ben Hur Pereira são os mais cotados.
Bate Pronto – por Caldenei Gomes
Incertezas
Paulo Porto resistiu por conta do currículo na carreira e do prestígio acumulado com os três títulos na Boca do Lobo. Mas acabou, inevitavelmente, desgastado por uma campanha desastrosa do Pelotas. Justificou os maus resultados, enquanto foi possível, pela ausência de jogadores – número excessivo de lesões nesta temporada. Com o passar dos jogos foi perdendo suas convicções.
É verdade que Porto nunca pôde escalar a equipe que gostaria. A formação do time esteve sempre de acordo com os jogadores que estavam disponíveis. Vai embora deixando um legado de incertezas: quem são os zagueiros titulares? O que fazer no ataque que tem só centroavantes, pois falta o jogador de movimentação e velocidade? Qual o sistema tático em que esse grupo se adapta melhor? Como lidar com emocional de um elenco que teve sete expulsões em nove partidas?
– O momento do Pelotas é tão ruim que não dá nem para comemorar a derrota do Brasil. O Esportivo, que venceu no Bento Freitas, é concorrente direto na luta contra o rebaixamento, e deu um salto na tabela de classificação, deixando para trás São Paulo, Aimoré e Caxias.
– A campanha de Luiz Carlos Barbieri no Pelotas em 2013 – segundo turno do Gauchão: duas vitórias (Novo Hamburgo e Caxias – ambas fora de casa); três empates (Lajeadense, Cruzeiro e Passo Fundo – todos na Boca do Lobo) e duas derrotas (Grêmio em casa e Cerâmica fora).