Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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Um novo lar para quem precisa

Um novo lar para quem precisa
13 fevereiro
10:35 2015

Um total de sete casas que abrigam meninos e meninas de zero a 17 anos que, em sua maioria, sofreram maus tratos ou abuso sexual por parte de familiares. Estes são os Abrigos Institucionais da Prefeitura de Pelotas.

Sete lares onde a atenção, o carinho e o envolvimento são dispensados a estes que deste pequenos já passam por tanto sofrimento.

Há dois anos eram 150 crianças e adolescentes, hoje são no máximo 70. Isto se deve ao trabalho desenvolvido pela equipe técnica e dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) que, conjuntamente, desenvolvem ações inclusivas visando à reinserção de cada um deles em seus lares de origem. Outro grande auxílio são as audiências concentradas que acontecem de seis em seis meses em cada uma das casas. “As audiências agilizaram os processos jurídicos, pois contam com a presença de todas as entidades como conselho tutelar, juíza e promotor de justiça para trabalhar e decidir cada situação”, explicou a gerente de complexidade e coordenadora dos abrigos, Josete Ferreira.

Assim como todas as casas, estas sete também passam por dificuldades, estão com fechaduras estragadas, janelas com problemas e vidros quebrados. “Assim como a nossa casa, elas também precisam de reformas, de reparos e nem sempre se consegue fazer tudo ao mesmo tempo e em se tratando de serviço público, muitas vezes é mais difícil ainda por toda a burocracia envolvida”, explicou a superintendente de assistência social, Daiane Dias.

Mas Sandra Alves, que trabalha na Casa dos Meninos 2 há 14 anos garante que dá pra se viver, e bem, no local. “Eu aqui limpo a casa às vezes vou pra cozinha e pra lavanderia, como educadora social ensino eles a serem organizados. Não ganhamos rios de dinheiro, mas não estamos aqui por acaso, é uma missão”, disse.

Sandra salienta a importância dos vínculos criados, tanto com as crianças quanto com os colegas. “Meu filho vem aqui e diz que é a nossa segunda casa, criamos vínculos de respeito, acostumamos com as manias dos outros, mas o mais gratificante é a gente vê eles lá fora, bem, trabalhando ou em uma família que escolheu eles pra dar o que faltou em algum momento da vida”, enfatiza Sandra.

COMO FUNCIONA UM ACOLHIMENTO

Em casos extremos de violência, maus tratos ou outros, o Conselho Tutelar recolhe o menor e o leva até a triagem. Lá ele passa por análises psicológicas e as assistentes sociais e psicólogas dizem se ele pode voltar para o núcleo familiar ou se vai para uma casa de acolhida.

Antes as crianças e adolescentes eram separados por idade, mas agora através das avaliações é possível separá-las pela capacidade psicológica, como personalidade e vivência de rua. Irmãos do mesmo sexo, geralmente, não são separados.

Estando nas casas, após as tentativas de reinserção nos lares de origem, as crianças ficam disponíveis para adoção.

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