Vacina contra a gripe precisa ser feita antes do inverno
Todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários devem fazer a vacina contra a gripe antes da chegada do inverno. A orientação é do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde (SES) em virtude do tempo que leva para que os anticorpos gerem a proteção necessária.
A campanha começou dia 10 de abril para crianças e gestantes, sendo aberta para os demais públicos elegíveis no dia 22. No total, são 3,8 milhões de gaúchos elegíveis para a vacinação, sendo que mais de 270 mil pessoas já se vacinaram contra a gripe neste ano no RS.
Além dos órgãos governamentais, a recomendação é apoiada pela Sociedade Brasileira de Imunizações. O presidente da entidade, Juarez Cunha, explica que a vacina age na pessoa como se fosse a doença natural, só que sem causar o quadro clínico e os sintomas.
“Quando tu tens uma gripe, o teu organismo cria anticorpos para combater o vírus. Após a vacina, o organismo identifica o vírus e também produz esses anticorpos, que permanecerão ativos no sistema imunológico por um período”, explica. “Assim, quando tu tiveres contato com o vírus, já vais ter a proteção produzida”, completa.
Ainda conforme o médico, para essa proteção começar a ser efetiva, leva em torno de 15 dias após a aplicação, enquanto o maior efeito precisa de um mês.
A enfermeira responsável pela vigilância da influenza no Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Letícia Garay Martins, também enfatiza que é importante se vacinar agora, durante a campanha e não depois.
“A vacina tem esse tempo de ao menos duas semanas para gerar anticorpos, que irão nos proteger de doenças”, afirma. “Por isso procuramos fazer a vacinação da população o quanto antes possível. Antes de o inverno começar é quando temos a circulação mais intensa do vírus influenza”, acrescenta.
Por esse motivo, a campanha que ocorre no Brasil começa geralmente em abril, que é quando os laboratórios produtores da vacina conseguem começar a entregar as doses atualizadas com os vírus que mais circularam na temporada anterior.
GRUPOS PRIORITÁRIOS
- – Crianças (maiores de seis meses e menores de seis anos)
- – Gestantes
- – Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
- – Trabalhadores da área da saúde
- – Povos indígenas
- – Pessoas acima dos 60 anos
- – Professores
- – Sistema prisional (funcionários e apenados)
- – Forças de segurança e salvamento
- – Pessoas com comorbidades (doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas ou hepática; diabetes; imunossupressão; obesidade; transplantados ou pessoas com trissomias)