Diário da Manhã

Por: Henrique König

Guerreiro. Palavra que une o Grêmio Esportivo Brasil e a alcunha ‘Xavante’. É na inspiração dos guerreiros indígenas do centro do país que o terceiro uniforme do Brasil utiliza a faixa vermelha, na frente e no verso, em alusão à pintura corporal que eles fazem. Hoje é a volta da semifinal: um jogo para ser guerreiro, para ser inteligente, para ser ligado o tempo todo. A partir das 19h30 em Erechim, no estádio Colosso da Lagoa, o Rubro-Negro tenta sustentar a vantagem adquirida na ida: 1×0 sobre o Ypiranga.

DECISIVO na fase classificatória, Thiago Santos quer mais gols com a camisa do Xavante
Foto: Volmer Perez / GE Brasil

O discurso no clube é de que a vantagem existe e pode se tornar muito significativa no contexto do jogo. O placar de 1×0 a favor pode ser desmanchado no primeiro minuto, como o Brasil marcou o gol e venceu o Juventude na última rodada de classificação. Pode ser desmanchado no último minuto do tempo regulamentar ou nos acréscimos, como o Ypiranga empatou na Baixada também pela fase classificatória. No mata-mata, então, a atenção precisa ser total, acima dos 100%, da primeira à última jogada.

Para o jogo decisivo, o técnico Jerson Testoni pode até repetir a escalação da vitória na ida. O goleiro Marcelo volta de suspensão, é o titular, embora o Rubro-Negro esteja bem servido de arqueiros, como observou-se na grande atuação de Vitor Luiz na ida. No meio campo, Luis Menezes saiu machucado no primeiro jogo, mas pode estar novamente disponível. Ruan entrou na partida e deu conta do recado.

No ataque, a expectativa pela manutenção, com Bruno Paulo e Joanderson, voltando aos poucos, como as principais opções de segundo tempo.

Pelos lados de Erechim, mobilização da torcida e força total dentro de campo. Desfalcado dos laterais na ida, o Canarinho deve iniciar com Gedeilson pela direita e Porfilho pela esquerda. O volante Lorran e o meia Luis Felipe também podem iniciar a partida, após estarem fora em Pelotas.

O Ypiranga de Luizinho Vieira venceu todas em casa no campeonato e em todas marcou pelo menos dois gols. Por outro lado, o Brasil de Jerson sofreu dois gols em uma única partida somente quando foi goleado pelo Caxias. Quem leva a melhor no confronto?

NA HISTÓRIA: além de superar o Ypiranga na semifinal da Copa Paulo Amoretty (Copa RS) em 2007, o Brasil venceu o adversário na decisão da Copa Cléber Furtado em 1992, com vitória por 2×1 no Bento Freitas, sagrando-se o campeão do interior na temporada. Lembranças para embalar o Brasil em mais esta noite de decisão na história dos clubes.

FICHA TÉCNICA: YPIRANGA x BRASIL

BRASIL: Marcelo; Marcelinho, Fernando, Helerson e Gabriel Araújo; Karl, Luis Menezes (Ruan), Marllon, Paulo Victor, Luizinho e Thiago Santos. Técnico: Jerson Testoni.

YPIRANGA: Edson; Gedeilson, Carlos Alexandre, Bruno Bispo e Porfilho; Lorran, Lucas Falcão, Luis Felipe, Matheus Santos, Erick e Hugo Almeida. Técnico: Luizinho Vieira.

• ÁRBITRO: Douglas da Silva, com Mauricio Penna e Luiza Reis.
• INÍCIO: 19h30, no Colosso da Lagoa, em Erechim.