Diário da Manhã

domingo, 28 de abril de 2024

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Vandalismo atinge obras do projeto Arte no Muro e parte das fachadas do Armazém São Francisco

23 fevereiro
17:01 2017

A galeria a céu aberto que coloriu o muro acústico do Terminal de Toras do Porto de Pelotas amanheceu danificada pela ação de vândalos. Uma parte das cinco obras do projeto Arte no Murofoi pichada e danificada, assim como as fachadas do antigo Armazém São Francisco. Além da função acústica, que tem o objetivo de evitar que eventuais ruídos produzidos pela operação de embarque da madeira causem transtornos aos lindeiros, o projeto transformou o muro em um espaço de arte.

A Sagres Agenciamentos Marítimos – empresa responsável pela operação do terminal – fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil e o ato passa a ser investigado. Foram encontrados no local recipientes de tinta preta, usados provavelmente para pichar e danificar as pinturas. “É lamentável o que aconteceu e estamos tomando todas as providências, avaliando as imagens das câmeras de segurança e reforçando ainda mais as ferramentas de monitoramento do entorno”, destaca o gerente de contrato da Sagres, Bruno Carvalho.

O muro acústico do Terminal de Toras do Porto de Pelotas amanheceu danificada pela ação de vândalos.

O muro acústico do Terminal de Toras do Porto de Pelotas amanheceu danificada pela ação de vândalos.

As obras são assinadas pelos artistas Bero Moraes, Gordo 17, Madu Lopes, Nina Moraes, Ges e Choer.  O muro acústico fica na esquina entre as ruas Conde de Porto Alegre e João Pessoa e possui 288 metros de extensão, sendo 162 metros pela rua Conde de Porto Alegre, onde estão as pinturas. A obra mais atingida foi o grafite de Bero Moraes e logo após do Gordo 17. Os painéis estão dispostos em cinco vãos de 60 metros quadrados e mais cinco de 36 metros quadrados, transformando o local em um verdadeiro espaço de contemplação artística.

Para arquiteta Fernanda Pereira, responsável pelo projeto de restauração do muro acústico, a iniciativa trouxe novos ares para região do Porto. “Tudo é uma questão de tempo, de aprendizado e respeito às diferenças, e acredito que caminhamos para esse entendimento se alguns entenderem de fato como usar a liberdade positivamente”, observa.  De acordo com Bruno Carvalho, uma equipe da Sagres tentará a remoção das tintas através da lavagem, com um produto especial para remoção de tinta. “Quando as pinturas foram finalizadas, receberam uma camada de verniz para proteção, por isso tentaremos esta primeira ação, caso não seja possível iremos programar com os artistas a restauração das obras”, complementa.

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