Vereadores pedirão que Promotoria ajuíze queixa-crime contra o prefeito
Vereadores Marcola e Marcus Cunha querem responsabilizar chefe do Executivo por não cumprimento de determinação da Justiça que mandou cancelar contrato do município com a empresa de consultoria Falconi.
A polêmica que envolve a “relação” prefeitura de Pelotas e a Consultoria Falconi ganha mais capítulo a partir desta quinta-feira quando será definida pela Câmara Municipal a data, ou as datas, para os vereadores ouvirem o secretário municipal de Educação, Gilberto Garcias e César Mendes, assessor especial do gabinete do prefeito. A convocação proposta pelos vereadores Marcos Ferreira – Marcola(PT) e Marcus Cunha(PDT) foi aprovada na terça-feira.
O novo no capítulo que se inicia hoje é que os vereadores encaminharão agendamento de audiência com o promotor Jaime Chatkin, ao qual pedirão que seja ajuizada “queixa-crime” contra o prefeito Eduardo Leite por descumprimento da Liminar expedida no mês passado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul suspendendo o “contrato entre o município de Pelotas e o Instituto de Desenvolvimento Gerencial S/A”, que faz parte do Grupo Falconi, que desde fevereiro deste ano realiza consultoria na Secretaria Municipal de Educação. Assim como os vereadores, o Tribunal entende que o valor cobrado, R$ 2.148.124,15 é alto e não foi devidamente justificado pelo Executivo Municipal.
“A prefeitura não está cumprindo o que determina a Liminar concedida pelo Tribunal de Justiça, a empresa continua realizado o trabalho e recebendo. E aí, e se a Justiça confirmar a suspensão dos trabalhos e pagamento, a empresa vai devolver aos cofres públicos o dinheiro que foi pago?”, questiona o vereador.
CARNAVAL – A respeito de cobrança sobre “saldos a pagar” a algumas pessoas que estiveram envolvidas no Projeto Unidos Pelo Samba, no qual Marcola esteve envolvido – antes de ser vereador -, assim como deputado Paulo Ferreira(PT), o edil informou que o Projeto foi idealizado pela Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e Rio Grande do Sul em 2009 para captar recursos para as entidades carnavalescas de várias cidades gaúchas com vistas ao Carnaval de 2010, sendo que várias entidades de Pelotas foram beneficiadas. A sua participação e de Paulo Ferreira ficou limitada a isso.
“Em momento algum tratamos sobre alugueis ou contratação de pessoal. Nunca houve envolvimento com pessoas físicas, mas sim com entidades”, garante o vereador, pedindo que se há alguém que de alguma forma tenha sido prejudicado pode procurá-lo que ele prestará qualquer esclarecimento.