Vereadores repudiam nota publicada por empresários
A mensagem 003/2016, do Poder Público municipal, que trata das isenções de impostos às construtoras que se habilitarem a participar do programa habitacional Pelotas Habitação Digna, não será mais colocada na pauta das comissões de Constituição e Justiça e de Orçamento e Finanças. A decisão foi do presidente da CCJ, vereador Marcos Ferreira (PT), indignado com nota publicada na imprensa pelas entidades que representam o setor da construção civil. “Só retornará à pauta (o projeto) depois de uma conversa e uma nota de desagravo na imprensa”, afirmou Marcola.
Empresários estiveram esta manhã na Câmara
O texto publicado, no entendimento do presidente da CCJ, “joga a responsabilidade da situação habitacional de Pelotas sobre o Legislativo, ao dar a entender que os vereadores não querem garantir mais habitações populares”.
“Qual foi a intenção das entidades com essa nota, publicada depois da nossa reunião na terça-feira (05/04)?, indagou o parlamentar.
A indignação de Marcola encontrou eco em vários parlamentares que também participaram da reunião, na manhã de terça, no Plenarinho da Casa, com um grupo de empresários. No encontro, Anselmo Rodrigues (PDT) deixou clara sua intenção de votar a favor do projeto pelos benefícios sociais que trará às populações mais carentes. “Se eu estava a favor, agora estou contra. Essa nota é um desrespeito aos 21 vereadores. Eles atacaram o Parlamento inteiro”, afirmou.
Para o vereador Beto Z3 (PT), a intenção dos empresários foi de colocar a responsabilidade pela aprovação do projeto “sobre os ombros dos vereadores”. “Mas eles vieram ontem aqui (terça) e nos colocamos favoráveis ao projeto”.
