VIOLÊNCIA : Reitoria da UFPel propõe medidas para estudantes da Morada Provisória
Diante dos episódios de violência envolvendo estudantes da Moradia Provisória da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) ocorridos neste domingo, a reitoria reuniu-se na manhã de ontem para definir medidas de apoio aos acadêmicos. Desde as 7h de domingo até o fim da tarde, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ediane Acunha, esteve junto aos estudantes, providenciando liberação de internações e tentativa de contatos com familiares. O reitor, Mauro Del Pino, esteve em contato com autoridades competentes buscando garantir o reforço do policiamento próximo à Moradia Provisória, e estipulou a ampliação da vigilância da Universidade.
Apesar da garantia, por parte da Reitoria, de segurança no local, os estudantes optaram, por conta própria, por deixar a Moradia Provisória e instalarem-se no segundo andar da Casa do Estudante, atualmente interditado. Nesta manhã, a Reitoria reuniu-se para propor medidas de apoio aos alunos. Foram estipuladas três alternativas: o retorno dos moradores à casa Provisória, com garantia de segurança; a avaliação das condições das instalações do andar ocupado na Casa do Estudante, por engenheiros e técnicos da Universidade, com o objetivo de avaliar as condições para a permanência dos estudantes que lá passaram a noite; e liberação do auxílio-instalação para os que desejarem procurar outro local para se estabelecer. Este auxílio tem o mesmo valor do auxílio moradia e será concedido até a divulgação dos contemplados.
Durante a reunião, um grupo de estudantes veio à Reitoria reivindicar condições de segurança e de moradia. O reitor apresentou as propostas e, em contrapartida, os acadêmicos manifestaram-se sobre as dificuldades, principalmente na área de segurança, que enfrentam no local e o receio de retornar à Moradia Provisória. Conforme a Reitoria, a maior preocupação no momento é com o estado de saúde do aluno que permanece internado no Pronto-Socorro. Durante a reunião, o reitor informou que estudante será removido nesta tarde para o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP).
Para atender os estudantes que se encontram abalados com os fatos, a Reitoria contatou o psicólogo Ney Bruck, doutor em psicologia das emergências. A partir das 14h, ele estará prestando apoio psicológico aos estudantes. Apesar das propostas oferecidas pela Reitoria, o grupo de estudantes optou por ocupar o gabinete do reitor e permanecem reunidos.
Após a análise dos técnicos sobre as condições do segundo andar da CEU, que está acontecendo no início desta tarde, a Reitoria buscará uma nova reunião com os estudantes.
