Vítima de homicídio é identificada
O trabalhador em serviços gerais Helton Orestes Caldeira, de 33 anos, é a pessoa que foi encontrada morta na manhã de quinta-feira em um terreno baldio localizado na Rua Pereira Passos, no Bairro Areal. Ele foi identificado pela mãe na madrugada de ontem, que foi à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento registrar seu desaparecimento e acabou no Instituto Médico Legal para fazer o reconhecimento. A mulher relatou aos policiais que o filho estava desaparecido desde terça-feira, quando teve furtada sua bicicleta e saiu em perseguição ao suspeito. O corpo de Helton apresentava vários sinais de violência. Uma barra de ferro foi encontrada ao lado do cadáver. O caso está sendo investigado pela Equipe de Homicídios.
Vereador Tenente Bruno quer início da Polícia Comunitária
Na manhã de sexta-feira, horas após os assassinatos de Alisson Monteiro Martha, de 16 anos, no centro da cidade, e de Helton Orestes Caldeira, de 33 anos, no Bairro Areal, o vereador Tenente Bruno (PT) descrevia, com perfeição, o que está acontecendo em Pelotas: “os bandidos conseguem ter a percepção de que o sistema de segurança é ineficaz e que a polícia se vira como pode. Então, eles estão tomando conta e agindo cada vez com mais poder e influenciando a sociedade que vive no pânico”.
A indignação do vereador tem razão de ser. Alisson foi assassinado com quatro tiros por volta das 17h, próximo ao Parque Dom Antônio Zattera, zona central da cidade, por dois homens que andavam em uma bicicleta. Ou seja, pessoas que não tiveram medo de ser identificadas por quem assistiu à cena. “A violência crescente tem como questão principal a drogadição,” afirma o Tenente Bruno. “Essas duas mortes foram pré-determinadas. Ninguém leva quatro ou dez tiros por acaso”, explica o policial militar acostumado a conviver com o mundo do crime.
A preocupação do parlamentar é tanta, que ele já esteve duas vezes na Secretaria Estadual de Segurança Pública, em Porto Alegre, desde a assinatura do projeto da polícia comunitária, em setembro. Ele acompanha, de perto, o andamento do processo de licitação das viaturas e de todo material necessário para a instalação da polícia comunitária.
“Quero que o efetivo já esteja na rua em janeiro de 2014”, diz, taxativo, o Tenente Bruno. Mas, ele chama atenção para o fato de que o governo municipal também terá de fazer sua parte, cuidando da iluminação pública, da limpeza e de projetos sociais das crianças e adolescentes em situação de risco.
ALERTA – Os 48 homicídios ocorridos até sexta-feira, dia da entrevista, podem ser resumidos em dois fatores, segundo o parlamentar: a falta de combate efetivo ao tráfico de drogas e a falta de tratamento para os dependentes químicos que, sem dinheiro para comprar ou objetos para trocar por droga, partem para os assaltos ou são mortos.
O vereador acredita que a chegada da polícia comunitária a Pelotas poderá ser a resposta, ainda que parcial, a esta violência que parece se alastrar pela cidade. “Com os policiais nos bairros, o tráfico que hoje está agindo às claras, poderá ser coibido. Hoje, mal temos viaturas para atender os chamados”, afirma o Tenente Bruno. E faz um desabafo: “os policiais vivem numa situação de estresse. A população cobra e eles não têm uma resposta para dar. Precisamos de um sistema policial mais eficaz”.
Para que isso ocorra o mais breve possível, foi realizada reunião no Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Sul da Brigada Militar, com as presenças do comandante geral, coronel Fábio Duarte Fernandes, do chefe do Estado Maior do CRPO/Sul, tenente-coronel Eliseu Vedana, do comandante do 4º BPM, tenente-coronel Antônio Adalberto Borges, do secretário executivo do GGI-M de Pelotas, tenente Paulo Santos e do superintendente de segurança da Prefeitura, Romaldo Duarte.
Conforme o tenente Bruno, a questão da violência crescente e da necessidade de melhorar a segurança na cidade foram os temas principais, destacando-se a parceria da Brigada Militar com a Guarda Municipal no videomonitoramento da cidade; um canal de comunicação rápido com a sala de operações da Brigada Militar; o uso de tecnologias e inteligência no combate à criminalidade; divulgação do site do Comando Regional da Brigada Militar, que faz a interação com a comunidade; criação do Fundo Municipal de Segurança; polícia comunitária e patrulha Maria da Penha.
◘ Farmácias
Três farmácias foram assaltadas em dois dias. A incidência de crimes contra este ramo de negócio tem sido alta. A Delegacia Especializada em Roubos está investigando os roubos e traçando uma ação para reprimir este tipo de delito.
O último estabelecimento assaltado foi na área central. Dois homens armados invadiram o local e renderam uma funcionária que ia para o depósito. Eles roubaram uma quantia não revelada em dinheiro. Ainda no Centro, às 14h, outra farmácia foi alvo de assalto. Um homem armado roubou R$ 300,00 e fugiu em direção ignorada.
Na Avenida Duque de Caxias, no Bairro Fragata, outra farmácia foi alvo de moto. Os bandidos fugiram de moto levando R$ 350,00. É a terceira vez nos últimos meses que o local é alvo de roubo.
◘ Tráfico
Na quinta-feira, às 11h, na Rua Doze, do Núcleo Habitacional Dunas, policiais militares do 4º BPM (Batalhão de Policia Militar) em patrulhamento na localidade se depararam com um jovem de 18 anos que tinha em seu poder um pote de plástico contendo 12 pedras de crack e R$ 52,50. O suspeito foi encaminhado à DPPA (Delegacia de Policia de Pronto Atendimento) onde foi efetuado o registro.
◘ Moto
Por volta das 22h, um homem chegava em sua casa no Bairro Fragata, trafegando uma moto Honda. Ele ouviu dois estampidos e então acelerou o veículo e fugiu porque na área costumam ocorrer roubos desta natureza. Ele não identificou a autoria dos disparos.