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domingo, 05 de maio de 2024

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VOLUNTARIADO : Justiça Restaurativa para alcançar a paz

VOLUNTARIADO : Justiça Restaurativa para alcançar a paz
27 julho
09:21 2018

Reunidas, dia 23,  no Colégio Municipal Pelotense, cerca de 30 pessoas, das mais diversas faixas etárias e profissões, conversaram sobre a crescente violência nas comunidades e de como cada um pode contribuir para que a paz seja realidade a mais pessoas.

“Eu estou aqui não apenas por mim, mas por meus filhos. Quero dar a eles a possibilidade de ter a mesma infância tranquila e saudável que tive”, dizia uma mãe, “e eu quero dar sentido a todo o meu conhecimento que acumulei nesses anos todos no serviço público”, confessava um aposentado, ambos participantes do programa Voluntários da Paz.

O círculo teve seu ápice quando foi apresentada a experiência de Caxias do Sul, pela voluntária Katiane Boschetti da Silveira, coordenadora do projeto naquela cidade, que vem formando pessoas para trabalharem com situações não conflitivas em que é necessário um espaço de diálogo e de empatia. Desde a sua criação em 2016, quase mil pessoas foram capacitadas para a pacificação de conflitos, através de parceria da Prefeitura de Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Fundação Caxias e o Poder Judiciário. Uma delas, Karla Eckert Reckziegel, que empolgou a todos os presentes com sua fala sobre o voluntariado que exerce em Caxias.

EVENTO teve troca de experiências com voluntária de Caxias do Sul

EVENTO teve troca de experiências com voluntária de Caxias do Sul

“Também aqui não queremos que o programa tenha as instituições como protagonistas. O que se pretende é que a sociedade se empodere das técnicas da autocomposição – como os círculos da Justiça Restaurativa – para que em toda a parte de Pelotas haja a possibilidade de um diálogo produtivo e não violento. As instituições devem funcionar como um impulso, mas os Voluntários serão os protagonistas de uma Pelotas pacificada”, afirmou o magistrado e professor Marcelo Malizia Cabral, que fez questão de frisar “aqui, não estou nem como juiz e nem como professor, estou aqui como voluntário da paz”.

“Eu cheguei aqui a convite de outra pessoa, que não me explicou muito bem o que era o programa. Vim mais na curiosidade. Mas, ouvindo tantos relatos de pessoas que já trabalham pela pacificação, percebi que eu também sempre fui uma agente da paz. Vou convidar mais amigas!”, comprometeu-se, entusiasmada, uma nova voluntária.

Nos próximos dias serão definidos os critérios para a formação da primeira turma voltada à aplicação das técnicas de facilitação de diálogos em situações não conflitivas.

 

Outras informações podem ser obtidas no blog voluntariosdapaz.blogspot.com ou pelo e-mail[email protected]

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