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quinta, 28 de março de 2024

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Votação online para o 24º Núcleo do CPERS

Votação online para o 24º Núcleo do CPERS
25 maio
09:06 2021

Dias 26, 27 e 28, eleição para a direção central do CPERS-Sindicato. Na região, duas chapas disputam o 24º Núcleo

 

Por Carlos Cogoy

 

RT

O processo eleitoral que está mobilizando os trabalhadores em educação no Estado, será de quarta a sexta-feira, com votação online. O link para votar estará disponível no site do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS): cpers.com.br.

A votação será de forma ininterrupta, a partir das 8h de quarta, estendendo-se até 22h de sexta. No link, algumas etapas para a identificação, termo de responsabilidade, e as opções para a direção central e núcleos. A confirmação poderá ser impressa, ou recebida por email. Poderá participar o associado, vinculado até sessenta dias antes da eleição.

À direção central estão concorrendo as chapas: Novo Rumo-Oposição; CPERS Unido e Forte; Muda CPERS.

A disputa para o 24º Núcleo do CPERS, que abrange os municípios de Arroio Grande, Canguçu, Herval, Piratini, São Lourenço do Sul, Pelotas, Jaguarão, Pedro Osório, Capão do Leão, Morro Redondo, Cerrito, Turuçu e Pedras Altas, tem duas chapas: CPERS Unido e Forte; Muda CPERS.

A seguir algumas das propostas das chapas 2 e 3, que concorrem à gestão 2021/2024.

CPERS UNIDO E FORTE

CHAPA 2

Mauro Amaral concorre à reeleição

O professor de filosofia Mauro Rogério da Silva Amaral, é o candidato a diretor-geral do 24º Núcleo pela Chapa 2 CPERS Unido e Forte.

Concorrendo à reeleição, ele explica: “No último período, à frente da direção do 24º Núcleo, além da dura luta contra os ataques do governo federal e estadual, mesmo em plena pandemia, temos mantido o trabalho de acompanhar as lutas das escolas, buscando fortalecer a parceria junto à comunidade escolar. No atual mandato, realizamos Encontro de Funcionários de Escola, de Aposentados, Mostra Pedagógica, sobre Igualdade Racial e combate ao Racismo. Além disso, diante da atual conjuntura nacional e estadual, temos participado da articulação junto ao movimento sindical e popular na construção da resistência ao ataque contra os direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e contra a reforma administrativa”.

GOVERNO GAÚCHO – Sobre a relação do governo Eduardo Leite, durante a pandemia, e o magistério estadual, Amaral observa: “O governo Eduardo Leite de forma autoritária, contrariando decisões judiciais, atendendo os interesses do setor privado, baixa decreto para a retomada das aulas presenciais, contra o que pensa a maioria da comunidade escolar e a nossa categoria, que conhece como ninguém o abandono das nossas escolas, sucateadas pelos governos neoliberais de Sartori e Leite. Mesmo diante deste caos, o governo Eduardo Leite se aproveita da pandemia para radicalizar seu projeto neoliberal, tirando direitos dos Trabalhadores, sucateando os serviços públicos e privatizando empresas importantes do povo gaúcho. Aqui no Estado, na área da educação, Leite colocou em curso a terceirização dos serviços de limpeza das escolas; acelerou o processo de parcerias com a iniciativa privada, para implementação do ensino híbrido, sem diálogo com aqueles que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem. Em plena pandemia, Leite realizou desconto nos contracheques dos trabalhadores em educação, referente à greve de 2019/2020”.

VACINA – Para o retorno às aulas presenciais, Amaral salienta: “Nossa luta é para que toda população tenha acesso à vacina. Não podemos aceitar a volta às aulas presenciais sem ter vacina para todos os trabalhadores em educação e para a comunidade escolar”.

GOVERNO FEDERAL – Amaral avalia o contexto que iniciou em 2016, com o golpe que retirou a presidenta Dilma do poder, e teve desdobramento na parcialidade do então juiz Sérgio Moro, que proporcionou a eleição de Bolsonaro. Desde então o cenário é de uma ideologia autoritária, descompromissada com a saúde pública e direitos sociais. Para o professor, as reformas neoliberais soterraram cinquenta anos de lutas da população. Paralelamente, o patrimônio público tem sido privatizado. Na educação, corte de quase R$4 bilhões no orçamento, e a recorrente retórica de escolas militares como alternativa. Para 2022, resistência e unidade para vencer o desgoverno.

CHAPA conta com Renata Allemand (vice), Ana Paula Rosa (tesoureira-geral), Kárita Sinoti (secretária-geral). Diretores: Mara Rosana Rosa Foltz – aposentada; Matilde Parodi Peduzzi (Tidy) – professora da EEEF Luís Carlos Correa da Silva; José Eduardo Lovatel Matias – professor na EEEM Edmar Fetter (Laranjal); Marcos Ronei Peverada Fernandes – professor no Col. Estadual Cassiano do Nascimento; Anete Peglow da Silveira – professora aposentada de São Lourenço do Sul.

PROPOSTAS como: resistência às políticas neoliberais; luta “Vacina para todos”; devolução dos descontos da última greve, cujo dias de paralisação foram recuperados; reposição das perdas acumuladas de funcionários, professores, especialistas e orientadores devido ao congelamento salarial desde 2014; reforçar a luta, a nível estadual, visando o Piso Nacional e, enquanto não se conclui o processo, lutar pela criação imediata de uma política salarial; reverter o desconto dos aposentados, incluindo a devolução dos valores; lutar pela manutenção do IPE público, de qualidade, e ampliando serviços; realização de concursos para professores e funcionários; mostras pedagógicas; investir na comunicação, estrutura da nova sede; atividades com aposentados; apoiar a Cooperativa Habitacional dos Trabalhadores em Educação de Pelotas (COOHTEPEL).

MUDA CPERS

CHAPA 3

Professora Tânia Freitas

A professora Tânia Mara Magalhães Freitas, formada em letras, e docente no Colégio Estadual Dom João Braga, onde está na vice-direção do ensino médio diurno, é a candidata a diretora-geral pela Chapa 3 Muda CPERS. Ela menciona sobre a motivação para a candidatura: “Penso que é necessário a renovação sindical e uma nova forma de fazer a luta, buscando a base da categoria e discutindo sempre a questão política, pois é ela que determina os rumos da educação”.

GOVERNO GAÚCHO – Tânia Freitas menciona sobre a relação do governo gaúcho, durante a pandemia, com os trabalhadores em educação: “O advento da pandemia trouxe para os educadores, professores e funcionários, a forma perversa com que o governo do Estado administra a educação. Fomos atropelados pela tecnologia, transformamos nossas casas em local de trabalho, muitos de nós sequer possuímos uma internet que dê conta do trabalho na plataforma. Além disso há uma pressão constante sobre os educadores no sentido das inúmeras planilhas que devem ser preenchidas, fazendo com que muitas vezes o nosso horário de trabalho seja extrapolado. Eduardo Leite não valoriza a educação, muito menos os educadores. Confiscou o salário dos aposentados, destruiu o plano de carreira, uma conquista histórica da categoria; privatizou, fechou turmas de EJA, escolas da zona urbana e do campo. Os salários estão completamente defasados. Estamos sem reajuste há sete anos. Um governo perverso que segue a cartilha ultraliberal”.

VACINA – Em relação à vacinação, a candidata destaca: “A vacina não pode ser apenas para os educadores, mas sim para toda comunidade escolar”.

GOVERNO FEDERAL – “Vivemos tempos de trevas e isso se estende para a educação. A política do Ministério da Educação é uma clara intenção de desvalorizar, privatizar e desmontar, a escola pública, e a luta dos educadores, que sempre busca a inclusão e o respeito às diferenças. O projeto em curso no País é genocida, negacionista de extrema direita. Um retrocesso imensurável em todas as áreas. Milhões de mortos, desemprego, destruição da natureza através da flexibilização das leis, ataque aos direitos da população e discurso de ódio nas mídias sociais”.

CHAPA conta com Maria da Graça Souza (E.E.E.M. Hermes Pontos Afonso de Jaguarão), como vice-diretora geral, secretário Rafael Bruno Gonçalves (Colégio Estadual Félix da Cunha, e Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Amilcar Gigante

em Pelotas), tesoureira Maria de Fátima Silva de Souza (E.E.E.F. Rachel Mello de Pelotas). Nominata dos diretores da Chapa 3: Francisco da Costa Vieira (E.E.E.M. São João Batista de Herval); João Bourscheid (Instituto Estadual de Educação Assis Brasil e Colégio Dom João Braga de Pelotas); Andrea Magela Silveira de Silveira (aposentada); Leandro Cardoso Miranda (E.E.E.M. Jardim América e E.E.E.F. Dona Gabriela Gastal do Capão do Leão); Gabriel Barcellos Nunes (Escola Estadual de Ensino Médio Deputado Adão Pretto de Piratini).

PROPOSTAS que estão sendo divulgadas: reajuste imediato com condições dignas de trabalho, e retomada do plano de carreira; concurso público para professores e funcionários; reverter através da luta o “desconto” dos aposentados; lutar por uma política que valorize e dê garantias sociais aos colegas contratados; reforma estatutária discutida no chão da escola; fortalecer as instâncias da entidade-sindicato, respeitando as decisões tiradas em assembleia; promover a efetiva participação da categoria nas instâncias do sindicato.

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