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Índice de Confiança do Empresário do Comércio retorna para o campo pessimista depois de um mês de restrições

Índice de Confiança do Empresário do Comércio retorna para o campo pessimista depois de um mês de restrições
04 maio
09:09 2021

Resultados da quarta edição do ano trouxeram a piora do quadro para o setor que sofre com a baixa confiança dos consumidores e com as restrições de funcionamento.  

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC-RS) voltou a apresentar queda em 2021. Em relação a março de 2021, o ICEC-RS teve variação de -11,8% em abril e atingiu os 91,3 pontos. Esse resultado marcou o retorno do índice abaixo da linha teórica dos 100,0 pontos, algo que não se verificava desde outubro do ano passado. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira, dia 04.

O índice de condições atuais (ICAEC) registrou 58,7 pontos no mês. Em relação a março, esse resultado foi de recuo de 24,6% e em comparação a abril do ano passado houve queda de 42,1%. O índice de expectativas atingiu 126,8 pontos em abril. Em março, esse valore era de 138,4 pontos (-8,4%) e em abril do ano passado de 142,1 pontos (-10,7%).

A pesquisa ainda capta as intenções de investimento em contratações de funcionários, em infraestrutura da empresa e a avaliação atual dos estoques. O índice de investimentos (IIEC) atingiu os 88,3 pontos. Dessa forma, houve recuo de 6,2% ante o mês de março e de 10,8% em relação a abril de 2020.

Apesar de todos os componentes do ICEC-RS terem apresentado recuos marginais no mês de abril, as principais quedas ocorreram nas condições atuais e nas expectativas. Segundo o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, esses resultados refletem um agravamento recente no número de casos da pandemia que levou ao retorno de restrições ao funcionamento de várias atividades econômicas ao longo do mês de março e tornaram o consumidor ainda mais cauteloso. Além disso, condições de natureza econômica também se modificaram: o aumento dos juros e expectativa de elevação continuada ao longo de 2021 deve elevar custos de crédito e a pressão inflacionária em itens de difícil redução de consumo, como alimentos e combustíveis, também compromete as vendas em geral.

Ainda segundo o presidente, a tendência de melhora desse quadro passa pelo avanço da imunização da população, afastando a possibilidade de novas restrições à atividade econômica, com mais segurança no emprego, com repercussão sobre a confiança dos agentes econômicos. “O ICEC de abril revela um empresário com uma percepção fortemente comprometida com os acontecimentos de março. Com a confiança em baixa, tudo fica mais difícil. A vacinação precisa avançar e todos nós precisamos fazer a nossa parte para que não haja novos retrocessos” avalia Bohn.

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