Exportações de carne de frango crescem 8,8% em junho
Vendas do primeiro semestre aumentaram 8% em volume
Levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostra que as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 432,5 mil toneladas em junho, volume que supera em 8,8% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 397,4 mil toneladas.
Em receita, as vendas de junho totalizaram US$ 951,7 milhões, desempenho 46,3% maior que o realizado no sexto mês de 2021, com US$ 650,6 milhões.As exportações totais registradas ao longo do primeiro semestre alcançaram 2,423 milhões de toneladas, volume 8% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2021, com 2,244 milhões de toneladas.
Em receita, a alta do semestre é de 36%, com US$ 4,728 bilhões em 2022, contra US$ 3,476 bilhões em 2021.
“A inflação global dos alimentos e os efeitos dos custos de produção, assim como as consequências para o comércio internacional dos inúmeros focos de influenza aviária em várias partes do mundo, tiveram influência direta no resultado das exportações brasileiras de carne de frango de junho. Os mercados internacionais enfrentam dificuldades para manter os níveis das produções locais. Como contramedidas, demandam volumes junto a parceiros confiáveis, sanitariamente seguros e estáveis, como o Brasil”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Principais mercados — No ranking dos principais destinos de junho, destaque para a China, com 46,5 mil toneladas (-18%), Arábia Saudita, com 39 mil toneladas (+69%), Japão, com 37,1 mil toneladas (+3%), Emirados Árabes Unidos, com 35,6 mil toneladas (+18%), Filipinas, com 21,1 mil toneladas (+9%), e Coreia do Sul, com 18,4 mil toneladas (+67%).
“A maior parte dos nossos principais clientes internacionais vêm aumentando o volume das compras. Neste contexto, destacam-se mercados do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, que recentemente reabilitou parcialmente plantas brasileiras, tendo voltado inclusive a comprar volumes de patamares históricos. Também foram relevantes as altas de determinados mercados da Ásia, como as Filipinas e a Coreia do Sul, que assumiram, respectivamente, o quinto e o sexto postos entre os principais importadores de junho. Além disso, o preço médio obtido com as exportações também vêm evoluindo nos últimos meses, dentro de um contexto de necessidade em função dos custos de produção”, avalia Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.