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Ítalo: “É preciso uma limpeza geral”

14 março
07:35 2014
Italo Santos entrega sua carta de renúncia nos próximos dias

Italo Santos entrega sua carta de renúncia nos próximos dias

“O Pelotas precisa de uma limpeza geral: desde o presidente até o roupeiro”. A frase é do próprio presidente do clube, Ítalo Gomes, no dia seguinte ao Lobão passar por um dos piores vexames de sua história. Foi rebaixado dentro da Boca do Lobo, sendo batido pelo Caxias por 3 a 0, sem apresentar nenhum poder de reação. “Foi vergonhoso. O Caxias treinou contra nós”, concordou o dirigente.

Ítalo Gomes vai entregar nos próximos dias sua carta de renúncia. Se apenas ele sair, o cargo de presidente passa para o vice Lúcio Barreto. Mas se os dois vices (Barreto e Roberto Larrossa) também renunciarem, o Conselho Deliberativo terá que promover uma eleição para compor a diretoria executiva do clube. O mandato da atual diretoria se estende até maio de 2015.

“Não sou o único culpado, porque não entro em campo. Todos os que estão trabalhando no Pelotas tem uma parcela de culpa”, frisou o presidente. Ele considerou como seu principal erro, o de ter “confiado em algumas pessoas, que eu não podia ter confiado, e ter aceitado também algumas indicações de jogadores”, afirmou. Mas ele não quis apontar as pessoas nas quais não deveria ter confiado.

Gomes disse que o Pelotas sempre esteve dividido politicamente. “Esse pode ser um dos problemas do clube, mas não é o mais importante neste momento”, ressaltou. O dirigente revelou que se sente desgastado e pressionado. “A gente perde toda a privacidade. Não posso ir a lugar nenhum, que sempre tem alguém para ver o que estou fazendo. Estou sofrendo porque sou torcedor e estou na linha de frente do clube”.

Sem perda de pontos  : Esportivo é punido, mas mantém pontuação no Campeonato Gaúcho

Márcio Chagas e Tinga são recebidos no Palácio do Planalto em Brasília pela presidenta Dilma

Márcio Chagas e Tinga são recebidos no Palácio do Planalto em Brasília pela presidenta Dilma

O Esportivo mantém os 13 pontos na tabela de classificação do Campeonato Gaúcho. O clube de Bento Gonçalves se escapou de uma pena exemplar no julgamento desta quinta-feira no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) pela acusação de racismo por parte de alguns torcedores da equipe contra o árbitro Márcio Chagas da Silva. A pena é multa no valor de R$ 30 mil e perda do mando de campo por cinco jogos. Esta decisão do tribunal rebaixa definitivamente o Pelotas para a segunda divisão.

A sessão do TJD se estendeu por quatro horas e meia. E foi marcada pela divergência de opinião e no pedido de penas pelos auditores. O procurador Alberto Franco apresentou as provas da denuncia, pedindo pena máxima ao Esportivo, com a perda de nove pontos. O auditor-relator Paulo Abreu abriu a votação, reforçando a penalização rigorosa ao clube: exclusão do campeonato e multa. Abreu foi acompanhado no voto por Álvaro Paganotto.

Já o auditor Paulo Nagelstein pediu pena com multa de R$ 20 mil e mais a perda do mando de campo por cinco jogos. Por fim, o voto do auditor-presidente Marcelo Castro, aplicando multa de R$ 30 mil e a perda de cinco mandos de campo.

No dia 5 de março, o Esportivo enfrentou o Veranópolis, no Parque Montanha dos Vinhedos, e venceu por 3 a 2. O árbitro Márcio Chagas da Silva relatou na súmula que teria recebimento xingamentos racistas antes, no intervalo e no encerramento da partida. E ao chegar ao estacionamento privado do estádio, ele encontrou seu veículo amassado, arranhado e com bananas em cima e no cano de descarga do automóvel. Márcio Chagas não participou do julgamento desta quinta, porque foi a Brasília – junto com Tinga e Arouca (também vítimas de racismo no futebol) – para serem recebidos pela presidente Dilma Rousseff.

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