Suspensão de recursos leva prefeitos a Brasília
Prefeitos e secretários de Educação das prefeituras ligadas à Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) buscarão solucionar os problemas de repasses e devoluções de verbas destinadas à construção de creches do programa Proinfância junto ao Ministério da Educação e à fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O anúncio foi feito durante assembleia geral da entidade, que contou com a participação do promotor Paulo Charqueiro, titular da Promotoria Regional de Educação.
Conforme o presidente da Azonasul, Ildo Sallaberry, prefeito de Herval, os chefes do Executivo temem o enfrentamento de problemas sérios, uma vez que a ineficiência dos recursos repassados e os problemas de adaptação dos projetos arquitetônicos ao tipo de clima e intempéries enfrentadas na Zona Sul gaúcha, estão forçando as administrações a devolução do dinheiro. “Em contrapartida, a conduta pode levar ao MEC a não transferir mais nenhum tipo de recurso para o município”, constatou o presidente ao ser alertado pelo promotor.
A ideia dos chefes do Executivo é de conduzir o problema à Capital Federal, onde acreditam em uma reversão do quadro. Além de prefeitos e secretários municipais de Educação, a comitiva da região terá a participação do promotor e deverá manter audiência com o ministro Cid Gomes e com o presidente do FNDE, Romeu Caputo.
O encontro dos prefeitos também contou com a participação do novo coordenador regional de Educação, Antônio Carlos Brod, que sugeriu a realização de trabalho em conjunto entre a 5a Coordenadoria Regional de Educação e a Azonasul.
SAÚDE – Por força do decreto do governador José Ivo Sartori para cortar despesas e suspender por 180 dias o pagamento de dívidas herdadas, alguns serviços públicos na área da saúde começam a ser prejudicados. Os prejuízos às prefeituras do Interior, para as quais o governo estadual deve cerca de R$ 208 milhões, afetam a reposição de medicamentos em farmácias municipais, a realização de exames e a manutenção das unidades de saúde. O assunto será levado à Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) durante reunião marcada para o fim dessa semana. O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, que é vice-presidente da Federação, também vai encaminhar a pauta.