SAÚDE : Greve volta a rondar o Pronto Socorro
Acordo não cumprido por ocasião da paralisação no ano passado pode levar trabalhadores à interrupção das atividades
Indignação. Esse é o sentimento dos trabalhadores do Pronto Socorro de Pelotas(PSP) em relação aos gestores da instituição – Hospital Universitário São Francisco de Paula(HUSFP) e Secretaria Municipal de Saúde – pelo não cumprimento de acordo firmado a partir da intermediação, em 2014, do Ministério Público do Trabalho(MPT), que acabou com a greve no PSP e garantiu a continuidade ao atendimento à população.
“Infelizmente, os trabalhadores que atenderam ao apelo do Ministério Público do Trabalho não estão tendo atendidos os compromissos acordados, quando o Hospital Universitário São Francisco de Paula e Secretaria de Saúde se comprometeram em fazê-lo”, pondera Luciano Viegas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde(SindiSaúde) de Pelotas.
O compromisso firmado à época garantia para a partir de janeiro deste ano o pagamento do Piso Salarial Regional, no valor de R$ 1,100 aos trabalhadores de nível técnico. Com o não cumprimento do acordo, os trabalhadores continuam recebendo R$ 960,00, além de não terem atendidas outras demandas acordadas.
Em assembléia realizada na quarta-feira, em frente ao PSP, os trabalhadores deliberaram pelo encaminhamento de pedido junto ao MPT para que faça nova a intermediação no sentido de sensibilizar os gestores para que o acordo seja cumprido, evitando, assim, uma nova paralisação dos serviços. Uma nova assembléia está marca para o dia 23 deste mês, quando o assunto “descumprimento” do acordo voltará à pauta. Na assembléia de quarta-feira, alguns trabalhadores já articulam a possibilidade de uma nova paralisação até que o acordo proposto pelo MPT seja cumprido e suas reivindicações atendidas.
CONTRAPONTO – A respeito da situação que envolve o acordo com o PSP não houve contraponto de nenhuma das partes gestoras. No entanto, o HUSFP se manifestou informando que já encaminhou ao SindiSaúde proposta para regularizar a situação dos trabalhadores do hospital pois há interesse da instituição em fechar o acordo com a categoria.