Câmara não votará projetos da prefeitura referentes à saúde
Câmara atende apelo do SIMP e não votará projetos do Executivo
Dois projetos do Executivo, que tratam da contratação de 150 médicos plantonistas em regime emergencial, e outro que trata da redução da jornada de trabalho dos médicos com redução de salários, não serão analisados pelos vereadores até que o governo aceite discutir as propostas com o Sindicato dos Municipários e o Legislativo.
A decisão foi tomada pelo presidente, Ademar Ornel (DEM), com apoio dos demais vereadores presentes à sessão, na manhã de ontem. Eles aceitaram os argumentos dos diretores do Simp, Cláudia Correia e Márcio Torma, e do médico do município, Eduardo Rodrigues, que se manifestaram em plenário sobre os prejuízos que a categoria e a população vão enfrentar caso os projetos sejam aprovados.
“Nós não queremos essa redução na jornada de trabalho”, afirmou o médico, que disse estar se reunindo com colegas para debater o assunto. “Recebemos R$ 15,00 por hora trabalhada e os médicos plantonistas vão receber R$ 50,00 por hora”, explicou.
Rodrigues, que trabalha na Unidade Básica de Saúde Salgado Filho, não acredita que a Prefeitura consiga contratar 150 profissionais para trabalharem nas UBSs. Assim como ele, Cláudia Correia também descarta a possibilidade: “será um transtorno na vida da população se os médicos que trabalham hoje pedirem exoneração. Quem garante que haverá 150 médicos para assumir o cargo deles? Nem a Samu tem candidatos suficientes para trabalhar e o salário é melhor do que o dos médicos da Prefeitura”, afirmou a diretora do Simp.