Diário da Manhã

A calmaria dos últimos dias no Brasil foi abalada nesta quinta-feira. O lançamento de uma chapa de oposição serviu para testar o prestígio do presidente Ricardo Fonseca com a torcida. A repercussão foi tão grande, que o oposicionista Elsi Junior resolveu retirar a candidatura.

Fonseca reage com naturalidade: “Vivemos numa democracia”
Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB

Com moral elevado por conta dos resultados conquistados desde a metade de sua primeira gestão em 2012, tirando o Brasil da segunda divisão gaúcha para colocar no Brasileiro da Série C, Fonseca reage com naturalidade diante dessa oposição. “Não fiquei magoado. É normal. Vivemos numa democracia”, afirmou. Ele havia decidido em não concorrer com outra chapa, porque entende que o Brasil não está preparado para uma disputa eleitoral. “Isso causaria um racha”, completa.

Mesmo sem oposição, Ricardo Fonseca diz que irá conversar com sua família e com os “pares de diretoria” para decidir se irá seguir na presidência do Brasil para o quinto mandato consecutivo. Mas em seguida começa a falar de seus planos. “Minha briga agora é manter o Montanelli (Cláudio) no futebol. Sei que ele tem muitos compromissos pessoais, mas quero mantê-lo no futebol, porque vem dando certo”, afirma.

COLEGIADO, NÃO – Ricardo Fonseca descarta a possibilidade de aproveitar alguém da chapa de oposição em sua próxima diretoria. “Tenho que contar com os que sempre estiveram ao meu lado. É preciso ter mais gente trabalhando, mas é eu que vou escolher e escolher a dedo. Também não tem essa de colegiado que estão falando. Por que não quiseram fazer colegiado na Série B do Gauchão? Agora querem colegiado na Série B do Brasileiro.”

Zimmermann afinidade

Antes de renovar, tem que pagar

O principal questionamento em função da possibilidade de Ricardo Fonseca deixar a presidência do Brasil era óbvio: Rogério Zimmermann irá sair junto? “Não sei se o Rogério iria renovar contrato com outra diretoria. Isso eu não sei. Só sei que existe uma grande afinidade entre esse grupo do Brasil, e também a comissão técnica, com a diretoria. Tinha jogador ligando para o clube para perguntar se eu ia mesmo sair”, afirma.

Se Ricardo Fonseca continuar na presidência, a permanência de Zimmermann é certa. Mas o anúncio da renovação de contrato pode demorar um pouco mais. “Primeiro, eu tenho que pagar o que estou devendo para os jogadores para depois renovar o contrato do Rogério e dos jogadores”, diz o presidente, confirmando que o atraso chega há um mês e meio. “A torcida tem que seguir colaborando, se quiser que todo mundo continue no clube. Mesmo sem jogo, os associados têm que seguir pagando as mensalidades”, ressalta.

Quanto ao aluguel da Boca do Lobo para o Brasil jogar em 2016, Fonseca garante que a preferência é mandar os jogos no Bento Freitas – inclusive, os da Série B do Brasileiro. “Quando nós jogamos na Boca do Lobo no Gauchão e porque nosso estádio estava interditado. Agora, o Bento Freitas não está interditado. Ah! Tem quem não goste das arquibancadas móveis, mas o Luverdense joga a Série B com arquibancada móvel”, argumenta.