CTG unidos da Querência luta por mudança
O abraço simbólico da comunidade à sede do Centro de Tradições Gaúchas Unidos da Querência, localizada na Avenida Ildefonso Simões Lopes, na Sanga Funda, seguido de reunião na Câmara Municipal quinta-feira, deram início a um movimento para sensibilizar o Poder Público a mudar de lugar a UBS que deve ser construída a quatro metros da entrada do CTG.
Na reunião na Câmara, o secretário de Serviços Urbanos, Luis Van der Laan, e a diretora executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Costa, afirmaram que o local já estava definido e que as obras começam em breve. Mas, na manhã desta sexta-feira, 18/12, depois de mais uma visita ao local, com a presença do vereador Marcos Ferreira (PT), ficou acertado que até a próxima quarta-feira o prefeito pode decidir por novo local: ao lado do CTG, onde seria construída a escola de educação infantil cujo projeto está paralisado porque a empresa licitada abandonou as obras.
CONSTRUÇÃO de UBS “colada” à entidade gerou manifestação da comunidade
“É a decisão mais sensata”, afirmou o vereador Marcos Ferreira, depois da visita ao local com o secretário Luis Van der Laan e a diretora de projetos especiais da Secretaria de Saúde, Lilian Yurgel. “A comunidade da Sanga Funda precisa muito de uma UBS, mas o CTG é o único espaço de lazer e de culto às tradições que eles têm, e prejudicar o espaço seria péssimo para eles”, completou o parlamentar.
Ivone Santos, patroa do CTG Unidos da Querência, lembrou que, em reunião com o prefeito, Eduardo Leite prometeu que a construção da UBS não prejudicaria o CTG, mas dias depois foi informada que o prédio ficaria a quatro metros da entrada da sede. “Precisamos que seja cumprido o prometido, de deixar a porta do CTG livre”.
Para o vereador Beto Z3 (PT), o prefeito precisa ter sensibilidade e entender a importância “daquele espaço cultural que agrega a comunidade do bairro”. Da mesma forma, Ricardo Santos (PDT) questionou como o CTG terá condições de se articular nos festejos da Semana Farroupilha, por exemplo, nas festas que realiza durante o ano, na chegada e saída de veículos e cavalos, se a entrada ficar “espremida” pela UBS. “O CTG foi construído pela comunidade com muita dificuldade, tem que valorizar todo esse esforço”, argumentou.
