Diário da Manhã

Unindo o trabalho artesanal e o cuidado com o meio ambiente, projeto “Ecoart” oferece criatividade com simplicidade

Por Carlos Cogoy

Músico e artesão John Bellomo

Venezianas descartadas são lixadas e pintadas, transformando-se num biombo. Na oficina de arte, paletes de madeira, são reaproveitados na criação de móveis como cadeiras, mesas e estrados para camas. Além do mobiliário artesanal, também utilitários como a bambona que, com capacidade para 35 litros, armazena água da chuva. Com a quantidade, possível irrigar pequeno jardim.  Também são opções: bonsai e jardins verticais. Algumas das iniciativas proporcionadas pelo projeto Ecoart, desenvolvido desde o começo do ano pelo músico e artesão John Bellomo. Residente no Laranjal, no fim de semana ele estaciona a Kombi próximo ao calçadão da praia, e desembarca algumas das peças. Na exposição, além de exibir o trabalho que recicla materiais, também acolhe sugestões e aceita encomendas. Mais sobre o trabalho artesanal, pode ser conhecido no Facebook. Na ‘fanpage’ EcoArt, também é possível o contato com o idealizador John.

RECICLAGEM – “Num mundo cada vez mais descartável, surgiu a necessidade de transformar o descarte, criando arte. Eis o nome ‘EcoArt’, que reúne ecologia, reciclagem, arte e utilidades. O projeto teve início neste ano, e vem sendo muito bem aceito. Trabalho em minha própria oficina, desenvolvendo artesanatos, móveis em madeira de paletes, ajardinamento vertical, plantas em bonsai e muito mais. Os projetos são criados de acordo com as necessidades de quem precisa de alternativas. A maior parte da matéria-prima é reciclada. E a tendência, observo, é aumentar os pedidos de móveis. O público tem constatado que, em geral, as opções no mercado são de péssima qualidade e baixa durabilidade. Com as peças em paletes, no entanto, acontece o contrário, pois o material é próprio para suportar diariamente centenas de quilos”, acrescenta John.

MÚSICA – Músico profissional há onze anos, pelotense John Bellomo tem participado de variados projetos com artistas locais e também no Estado. Na trajetória, período de formação no Conservatório de Música, bem como etapa no curso de Produção Fonográfica da UCPel. Como projetos, John pretende retornar ao curso na UCPel, e gravar disco com as composições próprias. Multi-instrumentista, ele em produzido o repertório autoral. “A música é a melhor forma de expressar os meus sentimentos, e foi no ‘Reggae Nyabinghi Rasta’ que percebi essa essência. Música é trabalho, mas deve ser feita com prazer, é uma ferramenta que tem o poder, de transformar a vida das pessoas. O Reggae me ensinou a seguir por uma vida mais consciente, aprendendo com a natureza na simplicidade da sua existência”, diz o músico que, desde o surgimento há seis anos, é baterista da banda “Solo Fértil”. E o grupo, diz John, está finalizando CD para lançamento no segundo semestre.