Exposição : Mostra “Entre-ver” na Sigmund Freud
Às 19h desta quarta, abertura da primeira mostra individual da artista Marta Dutra
Por Carlos Cogoy
Treze obras, sendo onze pinturas, uma pintura/objetivo e uma instalação. Criações da artista visual e educadora Marta Dutra, que estarão na sua primeira exposição individual “Entre-ver”. A abertura acontecerá nesta quarta às 19h no Espaço de Arte Chico Madrid da Sociedade Científica Sigmund Freud – rua Princesa Isabel 280 sala 302. A curadoria é de Eduardo Devens, que coordena o departamento cultural da Sigmund Freud. A visitação poderá ser feita, durante horário comercial, até 2 de setembro.
PALESTRA – A riograndina Marta Dutra está radicada em Pelotas há dezessete anos. Na UFPel, cursou a licenciatura e o bacharelado em artes visuais. Especialista em metodolodia do ensino da arte, é professora de arte no Colégio São José. Um pouco da sua experiência será explanada na palestra que será proferida às 20h. Integrando a abertura da mostra, a artista visual abordará “A artista e o ser professora”. Ela acrescenta: “No primeiro momento discorrerei sobre o meu processo de criação. Na segunda parte, abarcarei sobre minha experiência como professora de arte”. Marta também integra o grupo de pesquisa “Arte e seus territórios” (UFPel/CNPq).
ESTÉTICA – Sobre a mostra que também terá a instalação “Olhares do Mundo”, elaborada com bolas de acrílico, e a caixa de vidro “O relicário do Tempo”, a artista explica: “Tenho como objetivo, captar as tonalidades e variações do céu. Então trabalhei na elaboração de um conjunto de pinturas no qual exploro o olhar sobre o céu. É a expressão de possibilidade para pensar a pintura contemporânea no sentido de apropriação de imagens, agregada ao saber pictórico tingido de uma abordagem teórica”.
COLETIVAS – Na trajetória artística, Marta destaca a participação em mostras coletivas: “Emerge” – primeira edição (Casa Paralela); “Corpo/Espaço” (Casarão 8); “Ecarte – Percursos invisíveis” (Laneira); “VI Inutilitários Bazart” (Ágape); Grupo Gravadores de Rua (Secult); Grupo Gravadores de Rua (DMAE/PoA). Em Rio Grande, junto com o grupo Olhos de Lata, Marta particiou de coletiva no Ponto de Cultura ArtEstação no Cassino.
CONTEMPORÂNEA – “No início tive como principais influências os artistas: John Constable; William Turner e Monet. Mas durante o percurso do trabalho surgiram outros artistas contemporâneos como: Gerhard Ricter e André Rigatti. Em relação a referenciais teóricos, embaso-me em conhecimentos de autores como: historiadores Giulio Carlo Argan e Alberto Tassinari; pesquisador Paulo Pasta; filósofa Anne Cauquelin. Influenciada por esses autores e referenciais, adoto como conceito a autonomia da arte, ou seja, a de reconhecer que ela possui leis próprias e não depende, para ser arte, de nenhuma outra atividade e de nenhum outro valor. Então, somente os que possui nela própria e que têm a finalidade nela mesma. Minha arte é contemporânea, ou seja, o artista não se delimita em apenas uma técnica, ele vai além”, diz a artista.
METAS – Neste semestre, Marta participará de projeto em Caxias do Sul. Em outubro, acrescenta, integrará o Catálogo Arte Atual, que será encaminhado a galerias, arquitetos e decoradores das principais regiões do País.