OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA : Alunos do IFSul conquistam prata e bronze
Para alguns, a matemática pode ser um pesadelo. Números, contas, problemas, fórmulas. Tudo isso junto na mesma frase chega a assustar os mais afoitos. Para outros, contudo, a matemática não só é a disciplina favorita da escola como ultrapassa os muros da instituição.
É o que provam os alunos medalhistas em cada olimpíada realizada. Pra não fugir da tradição que vem se consolidando nos últimos anos, alunos do câmpus Pelotas novamente foram destaque na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e levaram medalhas para casa.
É o caso de Marco Pietro Botelho, da Química, prata na última edição da Obmep. Pietro já é conhecido das olimpíadas, sendo medalhista por seis vezes na Obmep (uma de ouro, três de prata e duas de bronze) e ouro em sua primeira participação num dos maiores eventos de matemática do mundo, o Canguru sem Fronteiras (KSF). Ele se despede das competições com a sensação de dever cumprido e de que muito mudou nos últimos anos.
Um dos elementos principais nessa caminhada foi o Programa de Iniciação Científica, o PIC. “A maneira como a matemática é trabalhada no PIC é incomparável ao que é visto em sala de aula, é muito mais interessante e desafiadora”, comenta Pietro. O PIC é um programa oferecido aos medalhistas das olimpíadas para que eles aprofundem seus estudos na área da Matemática. Em 2016, Pietro não participou do programa, mas estudou para a prova seguindo os conteúdos das edições passadas, o que foi determinante no resultado.
Agora que está prestes a se despedir do IFSul, mira na Engenharia Química ou na Matemática. “Independente da escolha, quero continuar sempre tentando entender um pouquinho mais sobre os números”, observa.
OUTRO DESTAQUE da Obmep é Joshua Zambrano, bronze pelo segundo ano consecutivo. Estudante de Edificações, Joshua comenta que a prova parecia mais fácil, mas seu preparo era muito melhor agora do que antes. Muito disso graças ao PIC oferecido no câmpus e aos diversos materiais disponíveis online. Ele conta que estava tranquilo, mas que a prova, apesar das seis questões, foi cansativa. Isso porque o teste é dissertativo e exige criatividade dos estudantes. “Não basta achar o resultado, tem que explicar como e porque aquele valor foi encontrado”, salienta.
Joshua ainda tem mais alguns anos no câmpus, e embora já almeje a Arquitetura ou a Engenharia, os planos mais próximos envolvem o ouro em uma das olimpíadas espalhadas durante o ano.
Júlio Mohnsam, professor de Matemática no câmpus Pelotas e grande motivador dos estudantes nas olimpíadas, ressalta o talento não só dos medalhistas, mas de toda a equipe de alunos envolvidos na Obmep. Para ele, o futuro do instituto nas competições tende a melhorar ainda mais. “Para o próximo ano o objetivo é aumentar a equipe e inovar o curso de preparação, com novos projetos. Muitos alunos medalhistas da região do ensino fundamental fizeram o nosso vestibular para cursar o ensino médio no câmpus. A procura destes alunos premiados é ótima!”.
Além do ouro e prata, outros alunos do câmpus Pelotas receberam menção honrosa na Obmep. São eles: Guilherme dos Santos Vahl, Gustavo Silveira Geraldo, João Gabriel Rocha, João Vitor dos Santos, Luiz Eduardo de Azevedo, Maria Vitória Bourscheid, Matheus da Costa Schwartz, Nicole Lemons de Vasconcelos e Tiago Heller Hubner.