Diário da Manhã

Cláudio Adão Lima de Souza, 41 anos, estava com um espeto na mão. Quando surtou, sua mãe chamou a SAMU que não apareceu. Os vizinhos ligaram para a Brigada Militar. Poucos minutos, depois Adão recebia dois tiros, um na cabeça e outro no pé e acabou morrendo na hora. Este foi o 23º homicídio do ano em Pelotas.

Um charreteiro de 41 anos, que sofria de esquizofrenia, foi morto a tiros por policiais militares, na tarde de ontem. Cláudio Souza Adão Lima de Souza, de 41 anos, foi alvejado na cabeça e num dos pés, na frente de sua mãe que é idosa, durante uma crise provocada pela ausência de medicamentos, dos quais fazia uso diário. Pelotas contabiliza agora 23 homicídios.

MORTE do deficiente mental causou revolta de moradores e tumulto

O fato ocorreu por volta das 13h30min de ontem, na Rua Luciano Gallet, na Cohab Tablada, no Bairro Três Vendas, Zona Norte. Depois de entrar em surto dentro de casa, a vítima teria saído à rua armada com um espeto de churrasco e uma faca. Familiares chamaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas a Brigada Militar teria chegado primeiro e passado a efetuar os disparos na direção da vítima, quando esta teria tentado investir contra os policiais. Um dos tiros efetuados pelos policiais militares atingiu um carro que estava estacionado nas imediações e outro feriu de raspão uma pessoa que passava no local.

As circunstâncias do fato que culminaram com os disparos e com a morte de Cláudio Adão serão analisadas em inquérito policial militar. O caso também fica sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos. Imagens captadas pela câmera de segurança instalada próximo ao local serão analisadas.