Diário da Manhã

Schneider espera que primeira etapa seja lançada até o final do ano, assegurando receita de R$ 10 milhões ao clube

Um projeto grandioso, que irá modernizar e ampliar a Boca do Lobo, mas, sobretudo, mudará o status do clube com a exploração econômica do entorno do estádio. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo presidente Gilmar Schneider, que esteve acompanhado do presidente do Conselho Deliberativo, Moacir Elias, e do vice-presidente de patrimônio do clube, Manoel Soares. “É um projeto grande e de curto, médio e longo prazo”, ressaltou o dirigente.

Schneider frisou que o projeto vem sendo elaborado desde 2015, com negociação junto as empresas do ramo de construção civil. “Estamos negociando com empresas sérias”, frisou, sem revelar nomes. Dentro do clube, segundo o presidente não há resistência. “Existe um consenso dentro do Pelotas que é preciso modernizar e ampliar nosso patrimônio”, ressaltou. A prova da unidade ocorreu na segunda-feira, quando os conselheiros deram “cartão branca” a diretoria para avançar na negociação com os investidores.

Gilmar Schneider apresenta projeto de modernização da Boca do Lobo (maquete mostra o estádio dos sonhos)
Foto: Tales Leal/Assessoria ECP

PRIMEIRO PASSO – O Pelotas espera inicialmente a aprovação de mudanças do Plano Diretor da cidade – projeto que já se encontra na Câmara de Vereadores. É preciso mudar a legislação atual, alterando o índice de construção (altura dos prédios) na área em que está situada a Boca do Lobo. A previsão é que essa etapa seja vencida em no máximo três meses. Depois é acertar a negociação com a construtora, permitindo que a primeira fase do empreendimento seja lançada até o final do ano.

Gilmar Schneider informou que a primeira etapa vai começar do “Posto do Guga – esquina da Anchieta com Doutor Amarante – chegando até a arquibancada da Bento Gonçalves (portanto, será a parte da frente do estádio)”. O espaço térreo será utilizado pelo clube e os andares superiores para locação de salas de escritórios ou até apartamento de moradia. “Serão as empresas parcerias do Pelotas que irão definir o modelo de construção que será feito”, afirmou. Nesta primeira etapa, o Pelotas espera arrecadar em torno de R$ 10 milhões em quatro anos.

ESTÁDIO – As etapas seguintes preveem uma torre de edifício em cada um dos cantos do estádio. Haverá a necessidade de negociação com cada um dos atuais locatários para se adaptarem ao projeto. Outra mudança será a revitalização de todo o entorno do estádio. Schneider garantiu também a ampliação da capacidade de público da Boca do Lobo em pelo menos mais 1.000 lugares. “O Pelotas terá um estádio do tamanho de sua torcida”, afirmou demonstrando confiança na concretização do projeto. “Se não tivesse certeza, nem teria lançado”, concluiu.