SECA DE GOLS : A maldição da camisa 9
Luiz Eduardo não marca há 189 dias e Michel só fez um gol em abril
O Brasil está tentando a contratação de dois atacantes de lado do campo. Isso é demonstração de confiança nos centroavantes, apesar da impressionante “seca” de gol dos dois especialistas da área adversária. Luiz Eduardo não tem gol registrado há 189 dias. Michel marcou apenas uma vez com a camisa xavante. Isso ocorreu há 103 dias. Os dois juntos marcaram apenas quatro gols para o Xavante na temporada.
É verdade que Luiz Eduardo foi o último a tocar na bola (estava em impedimento) no gol do Brasil diante do Juventude – empate por 1 a 1 – dia 13 de julho. Só que a arbitragem não observou o toque do centroavante (tanto que validou o gol, o qual foi registrado para Valdemir). Portanto, essas circunstâncias impediram que o atacante quebrasse o jejum que vem desde o dia 24 de janeiro.
O técnico Gilmar Dal Pozzo sai em defesa do camisa 9, destacando que ele vem sendo “peça importante no nosso sistema de jogo”. Quem assistiu aos primeiros jogos de Luiz Eduardo nesta temporada não consegue entender essa “seca” de gols do jogador. Ele brilhou nas primeiras rodadas do Gauchão, com três gols em três jogos. Esforço não lhe falta. Nem se omite. Virtudes que o mantém na equipe.
Michel foi o artilheiro do Gauchão pelo São Luiz, fazendo oito gols. Chegou ao Bento Freitas em consequência da boa campanha no time de Ijuí. Mas não deu ainda a resposta esperada. Fez apenas um gol no jogo diante do Avaí – empate por 2 a 2 – na segunda rodada da Série B do Brasileiro, dia 21 de abril.
Os centroavantes não são os únicos responsáveis pela má campanha da equipe na Série B. Mas passa por eles o baixo rendimento ofensivo do Brasil: apenas 16 gols em 18 partidas – média de 0,8 gol por jogo.
Reunião de conselheiros
Num momento delicado, com o Brasil na zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro, os conselheiros do clube se reúnem nesta quinta-feira, às 19h30, no Salão de Honra do Bento Freitas. Embora o futebol seja sempre um assunto em pauta, a finalidade é outra. O Conselho Deliberativo irá ouvir a apresentação do balancete financeiro do primeiro semestre, o que é uma exigência do Profut (Programa de Renegociação de Dívidas Fiscais).
“Essa análise periódica das contas do clube, apresentando o que foi arrecadado e o que foi gasto, é normal. Não é uma auditoria. Até porque as contas de 2017 já foram auditadas e aprovadas”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo, Cláudio Andrea. Outro tema da pauta dessa reunião e a identificação dos conselheiros, que passarão a ter uma carteira com chip – facilidade, principalmente, para acesso ao estádio em dias de jogo.
O momento do futebol seja tratado diretamente com o presidente Ricardo Fonseca. “O futebol faz o dirigente andar sempre no fio da navalha. Um dia está no céu e no outro passa a ser o diabo. O resultado é o senhor de tudo no futebol”, analisa Andrea, que reconhece que o momento é delicado na Série B. “Mas podemos mudar isso com trabalho, na medida em que houver duas ou três vitórias seguidas. É preciso ter responsabilidade, não pode sair contratado e inviabilizar o clube”, completa o presidente do CD rubro-negro.