Ação conjunta para combater abigeato
A pauta sobre o combate aos crimes de abigeato, um problema que está se agravando a cada ano na Região Sul, tem sido debatida constantemente por produtores rurais, órgãos estaduais e municipais que fazem parte deste cenário de ações.
Proposta pelo Sindicato Rural de Arroio Grande, com o apoio da Deputada Estadual Miriam Marroni, foi realizada na sede do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPO/Sul), uma reunião com o comandante do CRPO/Sul, coronel Paulo Roberto da Rosa Duarte, que contou com a presença do chefe do Estado Maior, tenente coronel Carlos Alberto Brusch Terres, do chefe da 2ª e 3ª seção do CRPO/Sul major Humberto Gonçalves Barcellos, do presidente da Associação de Criadores de Ovinos de Arroio Grande, Clóvis Barros de Barros e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arroio Grande, João Cesar Larossa. Nesse primeiro encontro os representantes dos produtores rurais demonstraram a grande preocupação pelo crescimento do abate clandestino nas micro-regiões de Arroio Grande, Herval e Pedras Altas. Nesta reunião preliminar ficou acordado que haveria novo encontro onde estariam presentes as demais entidades e órgãos envolvidos nas ações de combate ao abigeato.
REUNIÃO– Na tarde de quarta-feira, na cidade de Arroio Grande reuniram-se representantes dos sindicatos e associações rurais dos municípios de Pedro Osório, Herval, Pedras Altas, Canguçu, Arroio Grande e Pelotas, representantes da Brigada Militar, Polícia Civil, Farsul, Azonasul, Inspetoria Sanitária, Secretaria da Agricultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Saúde, além de integrantes do Comitê de Combate ao Abigeato e Secretaria de Segurança Pública, onde foram apresentadas propostas e sugestões para desenvolver ações de combate ao crime do abigeato e o abate irregular de animais através de ações integradas.
MOBILIZAÇÃO – A Polícia Civil, representada pelo delegado regional Elione Lopes, e a Brigada Militar, pelo chefe do Estado Maior do CRPO/Sul, tenente coronel Carlos Alberto Brusch Terres, enfatizaram a necessidade de mobilização por parte dos produtores rurais, no sentido de efetuarem o boletim de ocorrência com os devidos registros quando tais fatos acontecem em suas propriedades, a fim de que essas informações repercutam em âmbito de Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul. O registro do boletim de ocorrência sobre os casos de abigeato, bem como todo o fato atípico no meio rural (como uma cerca cortada, sinais de acampamento no interior de propriedade, e outros) deve ser encarado pelos produtores como uma tarefa necessária. Mesmo que não sejam atendidos de imediato, os chamados feitos à Brigada Militar ou Polícia Civil em função de ocorrências do gênero, devem ser comunicados o mais rápido possível, cobrando providências. Assim, no momento, o produtor proporcionará todas as informações sobre os casos de furto de animais de que tenha ciência, proporcionando um melhor direcionamento de ações por parte da Brigada Militar e Polícia Civil.
Quando o ruralista faz o registro do boletim de ocorrência e repassa todas as informações de que dispõe sobre a situação, os animais levados, o modus operandi (forma de agir dos ladrões), esses dados entram no sistema, sendo considerados nas estatísticas estaduais, além de servirem como norte para eventuais investigações policiais a respeito dos crimes de furto abigeato. No momento em que as instâncias superiores do governo estadual se reúnem para verificação das regiões onde há maior impacto de determinados crimes, as estatísticas acusam a realidade de cada município ou região.
Dentro dos próximos dias uma nova reunião será realizada para – efetivamente – serem definidos os locais e as ações de cada órgão envolvido para o emprego de uma Força Tarefa que atuará nas regiões afetadas.