Diário da Manhã

segunda, 29 de abril de 2024

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Adeus ao Mister Pelé

Adeus ao Mister Pelé
10 novembro
08:46 2017

Sol e chuva, lá na esquina estava o ambulante “Mister Pelé”. E teve fase na Floriano com Deodoro, também nas imediações da Praça Cel. Pedro Osório. Enfim, a itinerância para incrementar as vendas, às vezes de CDs, às vezes oferecendo meias e cadarços, reproduzia um pouco das décadas de luta pela sobrevivência. Foram variadas atividades. Como comerciário, trabalhou em locais como Mesbla, Trilhotero, Renner e Casa das Meias. Período em São Paulo, e as peripécias para criar os três filhos. Mas Vilson Couto sorria. Afinal, desde o fim dos anos sessenta, encontrara na música e na dança, uma expressão que o libertava.

Vilson “Mister Pelé” Couto

Vilson “Mister Pelé” Couto

GENEROSO mesmo que, muitas vezes, pudesse compartilhar apenas o sorriso. Mister Pelé dividia expressões otimistas, e a empolgação com os projetos que proporcionavam música e entretenimento nos bairros. Para viabilizar as ideias, naturalmente conquistava apoiadores e estabelecia parcerias. Aos artistas, distribuía medalhas, homenageando aqueles que abraçavam a inicativa.

DANÇANDO nas festas que lotavam ginásios nos anos setenta. Apresentando-se no programa de auditório do apresentador Bolinha na TV Bandeirantes. Cover, dublê do jamaicano Jimmy Cliff, vivia intensamente sua arte de sorrir das mazelas e injustiças. Mesmo após ser baleado ao ter sua casa roubada ano passado, tratou de se recuperar e retomar as atividades como o sopão da solidariedade.

PATRIMÔNIO humano da cultura pelotense, Pelé enfrentou grave  enfermidade neste ano. A dor atingiu seu corpo, e, entristeceu a madrugada de ontem. Sepultado quinta à tarde, Mister Pelé não se foi. Está dançando na memória e imaginação, daqueles que receberam seu sorriso como um abraço.

(C0G0Y) 

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