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Aditivos “empurram” obras públicas

11 fevereiro
09:35 2014

Reformas em prédios da UFPel e Prefeitura de Pelotas atrasam por motivos diversos e forçam modificações em contratos com os prestadores dos serviços.

Obras UFPel Cotada01

Universidade Federal de Pelotas é campeã de obras de restauros com contratos aditivados

Obras por todos os lados. Na sua maioria reformas de prédios antigos, alguns, bem antigos, para fins diversos. É o panorama que se apresenta em várias regiões da cidade, com placas que indicam de quem é, quem paga, e finalidade das obras, todas “respaldadas” pelo governo Federal. Uma rápida olhadela é suficiente para saber que se tratam de prédios de propriedade da Universidade Federal de Pelotas(UFPel), ou prefeitura municipal.

PRÉDIOS da UFPel, na zona do Porto, engrossam a lista das reformas com prazos e valores “carentes” de aditivação

PRÉDIOS da UFPel, na zona do Porto, engrossam a lista das reformas com prazos e valores “carentes” de aditivação

O coordenador de obras e planejamento físico, da Universidade, Cleidi Vitória Pinto, diz que entre construções novas e reformas existem hoje cerca de 20 obras da UFPel na cidade. Todas em andamento e dentro dos prazos estipulados para conclusão, garante o coordenador.

Legalmente, os prazos podem até estar em ordem, mas a demora dificilmente escapa do “desconfiômetro” popular. “Os aditivos aos contratos para a realização dos serviços permitem além da prorrogação dos prazos a alteração nos valores, aí, já viu…”, alfineta o taxista Ênio Silva.

A zona do Porto é uma das que mais abrigam obras da UFPel. Em algumas, a lentidão na execução é explicada naturalmente. No antigo prédio da “Brahma”, na rua Benjamin Constant, a placa indica a construção de um espaço denominado “Mercosul Multicultural”. Também indica o término da obra em 15 de janeiro de 2014. Mas ainda há muito a ser feito. O engenheiro Ruy Fernando Torres Marques, da empresa responsável pela execução de parte da obra – uma cafeteria – diz que o prazo teve de ser alterado, prorrogado em 90 dias, em função da necessidade de uma obra externa, na rede elétrica, que foge à sua alçada.

Ainda na Benjamin, outro prédio da UFPel – antiga Cotada – passa por reformas para abrigar os cursos de Engenharia da Instituição. O engenheiro Jaime Carvalho, da Construtora Azevedo e Schönhofen, responsável pela obra diz que a entrega está programada para março deste ano, desde que chegue o “elevador” a ser colocado no prédio. Na placa de identificação da obra não constam valores e nem prazo de entrega. Carvalho informa que a obra está com 1,5 ano de atraso em função de ser uma obra grande e do surgimento de vários problemas no decorrer da sua execução. Tudo resolvido via aditivos ao contrato da realização do serviço.

NO PRÉDIO do Grande Hotel, na Praça Coronel Pedro Osório, não há sinal de homens trabalhando na revitalização e transformação do espaço em um “Hotel Escola”. O prazo para conclusão da obra sem o risco de a Universidade ter de devolver o prédio à prefeitura seria o ano 2016.

Obra federal anunciada, iniciada, paradas, aditivada, é o que mais tem na cidade. Além das obras na zona do Porto, a população aguarda a funcionalidade de prédios como por exemplo o paliteiro, próximo à Estação Rodoviária, e da antiga Laneira (que se deteriora dia após dia) diante dos olhos de quem passa pela avenida Duque de Caxias.

MUNICIPAL – O contrato entre a prefeitura de Pelotas e a empresa Marsou para a reforma do prédio da antiga Estação Férrea, para transformação em um Centro Administrativo foi assinado em maio de 2012, com prazo de 11 meses para a conclusão da obra, orçada em R$ 2.234,147,90. A obra necessitou de algumas adequações, como “troca do material da escada”, de madeira para metal, e mudança no elevador, dentre outras alterações, que exigiram um aditivo ao contrato no valor de R$ 291 mil, além de aumento no prazo par sua execução. A gerente de memória e patrimônio, da Secretaria de Cultura, Gisela Prattini, confirma a conclusão da obra para o mês de março deste ano.

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