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ADUFPel adere à Paralisação Nacional dos Servidores Públicos Federais

14 maio
17:47 2015

O dia de hoje foi de mobilização da categoria dos Servidores Públicos Federais (SPF). Na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os professores, conforme decisão tirada em assembleia, paralisaram as atividades acadêmicas e realizaram um cronograma de eventos. A ASUFPel também aderiu à paralisação. Em assembleia ocorrida na manhã de hoje, os servidores técnico-administrativos deliberaram por interromper as atividades durante o dia. A categoria também votou e aprovou, no dia 7 de abril, indicativo de greve para o fim de maio.

Atividades do dia em Pelotas e Brasília

Na parte da manhã, os docentes entregaram na reitoria a pauta local de reivindicações, sendo recebidos por Lorena Gill e Paulo Koschier, assessores do órgão. “Seria importante uma resposta até a próxima assembleia, para que possamos dar retorno aos professores”, afirmou Beatriz Franchini, membro da diretoria da ADUFPel. Os assessores responderam positivamente ao pedido, comprometendo-se perante os presentes. Junto aos professores na entrega, estiveram também os estudantes Rodrigo Rosa e Júlio Câmara.

A categoria também votou e aprovou, no dia 7 de abril, indicativo de greve para o fim de maio.

A categoria também votou e aprovou, no dia 7 de abril, indicativo de greve para o fim de maio.

Pela tarde, às 14h, teve início um ato na Casa do Estudante Universitário (CEU) da UFPel. Houve um abraço simbólico à Casa, que vem sofrendo com a falta de estrutura, superlotação e ataques racistas aos moradores. O último caso de agressões ocorreu no dia de ontem, quando estudantes da Agronomia foram até lá, às 7h, e realizaram uma comemoração tradicional, chamada de “agitação” em frente à Casa, a qual se repete anualmente, mesmo com o desagrado dos moradores. Incomodados com o barulho, os residentes da casa desceram para cobrar a saída dos estudantes. O episódio gerou confusão e uma moradora negra sofreu ato de racismo, segundo conta a estudante de Música Polyana Rocha, que também habita a Casa. “Um formando da Agronomia pegou uma camiseta, que dizia ‘Agronomia’, esfregou no rosto dela bem agressivamente e perguntou ‘você sabe ler, negrinha’?”, disse. Frente aos fatos e providos de um Boletim de Ocorrência, registrado por injúria racial, os moradores esperam providências da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), bem como pretendem levar o caso ao Ministério Público.

Enquanto isso, em Brasília/DF, ocorria a segunda reunião de negociação entre o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF e o Ministério do Planejamento (MPOG) para avaliar as respostas às demandas protocoladas pela categoria. Ao mesmo tempo, acontecia um ato dos SPF em frente ao Ministério. A presidente da ADUFPel, Celeste Pereira, e o vice-presidente, Henrique Mendonça, estiveram no ato.

Um especialista, convidado pelo Governo, acompanhou a reunião e apresentou o panorama nacional geral junto à posição da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as negociações. Na ocasião, foram apresentados dois estudos: um sobre o vale-refeição, que teria um aumento de R$82,00; e outro sobre o benefício de saúde, cujo ressarcimento não passa de R$24,00, nos limites máximo e mínimo. Os representantes dos SPF, que compunham a mesa, reiteraram que o objetivo é do encontro é avançar em propostas concretas de negociação e indicaram o dia 21 de maio para a próxima reunião. Em contrapartida, o Governo recusou marcar um novo encontro para a data sugerida. Durante a tarde, os servidores estão participando da Reunião Ampliada do Fórum dos SPF para tratar dos rumos da mobilização.

Neste momento está acontecendo, na sede da ADUFPel (rua Major Cícero, 101), reunião para instalação da Comissão Local de Mobilização.

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