Alfabetização na Idade Certa: 2º ano de atividades do pacto nacional têm início na UFPel
Tiveram início na manhã desta segunda-feira(7) e se prolongarão ao longo da semana, no auditório da Faculdade de Direito da UFPel, as atividades regionais referentes ao segundo ano do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que em 2014 está focado no ensino de Matemática. O programa investe na formação continuada de professores alfabetizadores, disponibilizando-lhes os recursos e instrumentos necessários.
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um projeto da Secretaria de Educação Básica/MEC que pretende impactar a Educação Básica brasileira por meio da implementação de um conjunto de ações que compreendem a Formação continuada de professores dos Anos Iniciais, a distribuição de materiais didáticos (Livros e Jogos) a todas as salas de alfabetização e a proposta de monitoramento e avaliação de todo o processo.
Como um desdobramento do Pró-Letramento, o Pacto amplia o escopo dos projetos até agora desenvolvidos pelo Governo Federal, à medida que, para garantir o direito às crianças de estarem alfabetizadas aos oito anos de idade, se abre à participação de todos os professores que estejam à frente de uma classe de alfabetização. A proposta foi arquitetada de forma a criar um sistema de redes de formação, estando na base os professores que atuam nas classes iniciais, e na coordenação das ações de formação universidades públicas e grupos de pesquisa voltados à produção de conhecimentos referentes à aquisição da leitura e da escrita.
As atividades do PNAIC não região são coordenadas pela UFPel, através da Faculdade de Educação (FaE), com o apoio da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e Secretaria Estadual de Educação e participação dos professores das redes municipais de educação.
Ao aderir ao Programa, os entes governamentais se comprometem a alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática; a realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo Inep, junto aos concluintes do terceiro ano do ensino fundamental; e, no caso dos estados, a apoiar os municípios que tenham aderido às ações do Pacto, para sua efetiva implementação.
A formação continuada dos professores alfabetizadores deve garantir, dentre outros aspectos, as ferramentas para alfabetizar com planejamento. A alfabetização ocorre no dia-a-dia e deve ser voltada para cada um dos alunos. Portanto, o curso tem enfoque sobre os planos de aula, as sequencias didáticas e a avaliação diagnóstica, onde se faz um mapeamento das habilidades e competências de cada aluno, para traçar estratégias que lhe permitam aprender efetivamente.
Ato inaugural
A cerimônia de lançamento das atividades referentes ao segundo ano do PNAIC contou com representantes da Coordenadoria Regional de Educação, Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Secretaria Municipal da Educação (Smed), Faculdade de Educação (FaE), além de supervisores do Programa.
Segundo a nova coordenadora-geral, Gilceane Caetano Porto, da Faculdade de Educação, o trabalho tem sido bastante produtivo, apesar das dificuldades já previstas na implementação do Programa.
Já o titular da 5ª CRE, professor Cirio Almeida, destacou a importância do diálogo entre as diferentes redes e a Secretaria Estadual de Educação. “É possível modificar a compreensão que temos sobre educação e fortalecer também a discussão sobre a reestruturação curricular do ensino médio”, observou, enfatizando a necessidade de envolvimento de todos os profissionais comprometidos com a educação. “O trabalho de formação de professores nos anos iniciais que se realiza hoje terá como consequência a qualificação da escola pública”, afirmou o coordenador da 5ª CRE.
Presente ao ato, a exemplo do ano de 2013, o reitor da UFPel, professor Mauro Del Pino destacou o ineditismo do Programa ao qualificar a Educação Básica, especialmente nos anos iniciais, e a integração de entidades no esforço de qualificar a educação gaúcha, nos processos de alfabetização e letramento.
Na avaliação do reitor a qualificação do ensino nos anos iniciais é estratégico, proporcionando a valorização de professores, o acesso universal à educação e o avanço na qualidade de ensino, “dando ao aluno as condições necessárias para que se transforme num cidadão digno”.
A palestra de abertura foi proferida pela professora Ana Cristina Rangel, da Uniritter.