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Assalto a escola e crianças sem aula ameaçam ano letivo

Assalto a escola e crianças sem aula ameaçam ano letivo
12 fevereiro
09:30 2016

Por duas vezes, na última semana, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Alcides de Mendonça Lima, localizada no Fragata, foi assaltada. A primeira, na noite de quinta-feira, 04/02, a segunda, na madrugada de sábado para domingo, em pleno Carnaval.

Depois do primeiro assalto, a diretora da Escola, Rejane Vitória Burguez pediu à Secretaria Municipal de Educação que enviasse um guarda municipal 24 horas, temendo que outros fatos ocorressem. Não foi atendida.

Ainda mais ousados, da segunda vez os ladrões levaram tudo que puderam – televisores, máquina de cortar grama, notebooks, ventiladores, brinquedos, louças e panelas, além de destruírem a porta do freezer e carregarem com a carne e outros alimentos congelados para as refeições de quase 700 alunos.

“Não tenho como iniciar o ano letivo desse jeito”, dizia a diretora, na manhã desta quinta-feira, ao presidente da Câmara, Ademar Ornel (DEM), ao vereador Vicente Amaral (PSDB) e ao diretor de ações legislativas do governo, Luciano de Oliveira, chamado por Ornel para acompanhar a visita e relatar os fatos ao prefeito.

“Vamos pedir uma força tarefa da Smed (Secretaria Municipal de Educação)”, disse o presidente, que visitou toda a escola e também verificou outros problemas além do assalto. No pátio, pedras se amontoam no que deveria ser o local de recreio das crianças. Segundo a diretora, o material está ali desde agosto de 2015, porque a Secretaria de Educação iniciou a obra de calçamento e parou. “Já tive crianças que se machucaram e foram levadas ao Pronto Socorro por causa dessas pedras”, contou a professora Rejane Burguez.

PRESIDENTE da Câmara pede providências ao diretor de assuntos legislativos da prefeitura

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Ao lado do prédio da escola, um terreno baldio serve para esconder ratos, cobras e usuários de drogas. Também foi por ali que os ladrões entraram na escola as duas vezes. Segundo a diretora, em 2013, na gestão do secretário de Educação Gilberto Garcias, houve a promessa de compra do terreno com recursos do Fundeb. Mas depois não houve continuidade no processo, afirma Rejane Burguez.

“Quero prioridade para essa escola”, afirmou o presidente da Câmara ao representante do prefeito. “A Secretaria tem que resolver esses problemas de manutenção e dar segurança para que as aulas iniciem”.

ADIAMENTO – De volta à Câmara, o presidente Ademar Ornel recebeu um grupo de mães da Escola Municipal de Educação Infantil Érico Veríssimo que trouxeram abaixo-assinado pedindo ajuda. Elas foram informadas que as aulas estão adiadas até junho por causa das obras no prédio da escola, fechada desde o dia 13 de dezembro de 2015 porque o teto das salas do maternal e do pré caiu.

“As obras estão paradas”, afirma Giane Amaro, que faz parte do grupo de mães. “Foi a diretora Camila Souza que disse que as aulas só vão começar em junho”, disse Giane, que é diarista e tem uma filha de três anos na escola.

Essa não foi a única denúncia das mães. Elas contaram que a direção não entregou a carteira de identificação para quem leva e busca a criança na escola. “Qualquer um pode pegar nossos filhos”, disseram as mães. Também relataram que crianças saem de dentro da escola sozinhas, além de irem sozinhas ao banheiro ou ficarem sem acompanhantes no horário do recreio.

“Eles brigam, se machucam e não tem ninguém para ajudar”, afirmaram.

O presidente da Câmara disse que vai encaminhar a questão à Secretaria Municipal de Educação para que seja resolvida antes do início do ano letivo.

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