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sábado, 16 de novembro de 2024

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AV. FERNANDO OSÓRIO: Engenheiro de solos apresenta questões à CPI do Legislativo

10 abril
08:58 2014

Foi uma verdadeira aula sobre engenharia de solos mas, principalmente, sobre a chamada “cultura nacional do asfalto”, como se referiu o professor e engenheiro civil, especialista em solos, Alfredo D’Ávila, durante a reunião com os vereadores da CPI da Avenida Fernando Osório.

Ele foi enfático: o custo de manutenção de uma via asfaltada é muito mais alto do que aquela cuja pavimentação é feita com paralelepípedos ou concreto; o asfalto é um recurso não renovável, que aumenta de custo muito rapidamente; o paralelepípedo, além de ter um custo muito mais baixo, ainda economiza energia, porque reflete a luz dos postes de energia elétrica. “Ruas asfaltadas são muito mais escuras e mais quentes”, afirmou o professor da Universidade Federal de Pelotas.

E assim, enumerando os problemas decorrentes do asfaltamento, o engenheiro demonstrou que a escolha do município de Pelotas não foi a mais correta, não apenas no caso da Avenida Fernando Osório, mas de outras vias onde a pavimentação por asfalto tem gerado prejuízos ao município.  “O asfalto não pode ser colocado sem planejamento. A Prefeitura exigiu estudos para a implantação desse tipo de pavimentação?  Antes de asfaltar, teria que passar um equipamento que analisa quanto o tráfego deforma a rua, e mais, ter um estudo para saber quais são os custos das ruas asfaltadas em Pelotas nos últimos dez anos, porque a manutenção custa muito caro”, afirmou Alfredo D’Ávila.

Ele também questionou: “será que a construtora fez o asfaltamento adequado? Isto tem que ter sido vistoriado durante a execução da obra”.

Ao relator da CPI, vereador Marcus Cunha (PDT), ele sugeriu quatro linhas de atuação da Comissão, além da que foi proposta, que é a investigação dos contratos: a contratação de um especialista em tráfego para avaliar o impacto do trânsito na avenida, incluindo as rótulas, que ele questiona –  “o fluxo seria muito melhor com sinaleiras”; as ciclovias – “em dias de chuva, 90% ficam embaixo d’água”; o transporte coletivo – “os ônibus estão gastando mais combustível, mais lonas de freio, mais embreagem e tudo isso vai refletir no aumento da tarifa” e a situação dos pedestres – “as faixas ficam a um quilômetro uma da outra, a questão da acessibilidade é muito importante”.

LINHAS de atuação foram sugeridas Foto/Divulgação

LINHAS de atuação foram sugeridas
Foto/Divulgação

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