Bancários prometem parar a partir do dia 6 de outubro
Federação dos Bancos propõe reajuste salarial de apenas 5,5%, índice abaixo do reivindicado pelos bancários, de 16%
Na última sexta-feira várias agências bancárias localizadas na região Central de Porto Alegre não funcionaram, pois foram lacradas antes do horário de abertura, surpreendendo os clientes.A medida foi uma reação da categoria à proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de aumento salarial de 5,5%, índice baixo do reivindicado pelos bancários, de 16%. O Comando Nacional dos Bancários orientou para a rejeição da proposta.
Se as negociações não avançarem, a tendência – como o DIÁRIO DA MANHÃ já noticiou – é que seja iniciada uma greve, por tempo indeterminado, a partir de 6 de outubro. A assembleia geral extraordinária, em Porto Alegre, foi marcada para amanhã, às 18h30min, no Hotel Embaixador. Em todo o país, as assembleias deverão ocorrer até o dia 5 de outubro.
Conforme os bancários, a proposta de aumento salarial não repõe nem a inflação de 9,88%, e representaria perdas de 4%. A proposta dos bancos prevê ainda abono de R$ 2,5 mil. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, disse que o índice de reajuste oferecido não é condizente com os resultados dos bancos que tiveram lucro de R$ 36,3 bilhões nos últimos seis meses.