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CAMARÃO : Safra de incertezas na região

CAMARÃO : Safra de incertezas na região
19 janeiro
08:56 2017

Pescadores torcem por mudanças climáticas que garantam o milagre da multiplicação dos crustáceos

“Se começar a chover seguido nos arredores de Porto Alegre, na Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, não tem safra”. A afirmação é de Irandi da Silveira Rodrigues, presidente da Colônia de Pescadores Z-2, de São José do Norte, sobre a expectativa para a safra de camarão na Zona Sul. Ele diz ainda que a safra que começa em fevereiro vai depender do mês de janeiro, que caminha para o seu final em meio a pancadas diárias de chuva em quase todas as regiões do Estado.

Ainda de acordo com Rodrigues, hoje a Lagoa não tem salina, e fora da dela não há o comédio, comida do crustáceo. Isso, segundo ele, somente acontece com 10% de água salgada, o que não é o caso atual.

“Precisamos de vento forte, por pelo menos uma semana”, diz o presidente, salientando que atualmente é possível já existir camarão nos arredores das ilhas da Torotama, Leonídio e Quitéria, em função dos criatórios que existem nesses locais. Ele aposta numa safra melhor no preço do que na qualidade. E garante que se a Lagoa salgar até o dia 2 de fevereiro a tendência é que se consiga um camarão bom, com tamanho em torno de 120 peças por quilo.

EXPECTATIVA na Lagoa dos Patos gira em torno de momento favorável

EXPECTATIVA na Lagoa dos Patos gira em torno de momento favorável

“A situação hoje está praticamente normalizada e o ambiente mostra-se propício para que as larvas se adaptem no ambiente. Está tendo entrada de água salgada, e com isso as larvas do camarão entram e se espalham pelo estuário. Isso aumenta nossa expectativa por uma boa safra”.

Esta é a visão de Nilton Mendes Machado, presidente da Colônia de Pescadores Z-1, de Rio Grande. A preocupação de Machado é a pesca predatória. “O camarão está aparecendo e já tem gente pescando com malha miúda”, salienta, dizendo que a expectativa é por uma boa safra, ao contrário dos últimos três anos.

NO TERRENO das expectativas, entra a torcida por um período favorável, de fartura do apreciado crustáceo. É o caso da comerciante Jaudete Rodrigues, dona do Restaurante Delícias da Dete e esposa de pescador, na Colônia Z-3, em Pelotas.

“O camarão anda por perto, e nós esperamos que a água salgue para que ele entre e possamos ter uma boa safra, já que nos últimos três anos não tivemos safra”, diz Jaudete, na expectativa que o vento sopre favorável aos  desejos da população consumidora.

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