Diário da Manhã

Campeão do interior gaúcho. O Grêmio Esportivo Brasil conseguiu chegar às semifinais do Estadual, após o total clima de apatia e desconfiança com que terminava os jogos em 2021. O público era pequeno na Baixada, os resultados não vinham. O time terminou na lanterna de forma isolada na Série B. O trabalho do Conselho Deliberativo, liderado por Evânio Tavares e Arthur Lannes, reergueu situações no Bento Freitas e trouxe novas parcerias, com a montagem de um elenco feito do zero. Os resultados passaram longe da perfeição no Campeonato Gaúcho, mas trouxeram competitividade e também novas fontes de alegria, que a torcida espera multiplicar ainda nesta temporada.

Novamente será nada fácil. Para 2022, a estreia de uma Série C com novo regulamento: todos contra todos na primeira fase, os 20 clubes jogando entre si, de Norte ao Extremo Sul – o próprio reduto do Bento Freitas. Se o Xavante olha distante para os paraenses Paysandu e Remo, os demais também miram Pelotas como o último alfinete no mapa brasileiro do futebol.

Guerreiros xavantes terão nova missão a partir de 9 de abril, em longa Série C de todos contra todos na primeira fase
Foto: Volmer Perez / GE Brasil

A necessidade de reforços. A direção xavante já tem conversado sobre trazer novos atletas que reforcem o elenco para o técnico Jerson Testoni. Com o grupo que teve em mãos, a competitividade foi visível no Campeonato Gaúcho, o que era o primeiro objetivo, após tantas derrotas em 2021. O Xavante terminou o Gauchão com quatro vitórias, sete empates e duas perdas. Obteve partidas de superioridade, em que o ataque rendeu para mais dos 14 gols marcados na competição. Também viu a defesa ser sólida em jogos em que saiu de ‘lençóis limpos’, mas vazou bastante nas duas significativas derrotas: a goleada do Caxias e a perda crucial em Erechim, que o deixou de fora da decisão do Gauchão.

Os 3×1 no estádio Colosso da Lagoa classificaram o Ypiranga para sua inédita final, onde tentará o título. Para o Brasil, novamente a faixa de ‘Campeão do Interior’, alcunha destinada ao melhor time interiorano que não chegou à decisão. O Xavante volta a ser o melhor do interior para somar-se aos anos de 1919, 1953, 1954, 1955, 1963, 1983, 1984, 1998,

2014 e 2018. 2022 é uma nova marca na instituição e ainda há espaço para recomeços