Diário da Manhã

Os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) iniciaram na sexta-feira, sob a temática Pelo Cuidado em Liberdade, as atividades em alusão ao 18 de maio, Dia Internacional de Luta Antimanicomial. O CAPS Escola da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) também integra o evento.

A data significa o fim da institucionalização psiquiátrica, o enfrentamento do estigma que ronda a pessoa que sofre com o transtorno mental, reafirmando seu direito a tratamento público, integral e de qualidade. De acordo com a coordenadora do curso de Serviço Social da UCPel, Andréa Heidrich, a Católica proporciona aos seus acadêmicos o acesso a esta formação humanizada, onde são respeitados os direitos, a liberdade e o contato com a família e a comunidade da pessoa com transtorno mental.

No atendimento prestado pelo CAPS Escola, o usuário é visto como cidadão que tem observado todas as suas potencialidades enquanto sujeito ativo e ator social. A equipe do local realiza juntamente com quem recebe o atendimento um Plano Terapêutico Singular (PTS), que é o tratamento a ser desenvolvido durante sua permanência no CAPS, onde são oferecidas atividades como a participação em grupos terapêuticos, oficinas de dança, música, teatro, artesanato, pintura e expressão, entre outras.

O CAPS Escola atende aproximadamente 400 pessoas e, além do serviço voltado à saúde mental, é um espaço permanente de formação acadêmica. No local atuam acadêmicos dos cursos de Psicologia, Serviço Social, Enfermagem e do projeto Pet-Saúde Mental. “O CAPS Escola é também um espaço de formação didático–pedagógica da UCPel”, explica a assistente social do espaço, Márcia de Almeida.

As atividades relacionadas à Luta Antimanicomial prosseguiram ontem, com apresentações artísticas, culturais e mostras dos trabalhos dos integrantes dos CAPS. O CAPS Escola é uma parceria da UCPel com a Prefeitura Municipal de Pelotas e tem a responsabilidade de atender toda a Zona Rural do município de Pelotas, além dos bairros Centro, Sanga Funda, Cohab 2 e Arco Íris.