CASO TREICHEL : Mandante do crime é condenado, mas segue em liberdade
Defesa recorre e réu segue em liberdade
O empresário Walnir Treichel foi condenado a uma pena de 17 anos de reclusão em regime fechado, pela acusação de ser o mandante da execução de sua ex-mulher Gleci Mielke Treichel, assassinada com um tiro na nuca em abril de 2003. O réu , no entanto, segue em liberdade até o julgamento do recurso impetrado pela defesa, que recorreu da sentença.
Sob a presidência do juiz Paulo Ivan Medeiros, o julgamento, que havia sido adiado anteriormente devido a problemas de saúde enfrentados pelo defensor Antonio Ernani Pinto da Silva Filho, transcorreu em meio a debates acirrados entre defesa e o promotor José Olavo Passos. A sessão encerrou por volta das 20h15min, quando a sentença foi anunciada pelo juiz. O Conselho de Sentença composto majoritariamente por homens.
Pela manhã foi ouvido o amigo do réu há 40 anos, Milton Funari, co-réu, já condenado e que prestou depoimento na condição de testemunha. Ele ratificou que havia sido contratado pelo réu, para planejar o crime e contratar os executores, os irmãos Ilson e Leonardo Oliveira, condenados a 19 anos, que usaram uma pistola calibre 380 de sua propriedade para matar a vítima, que ao ser sequestrada estava na companhia de seu pai, a quem levava para uma consulta médica. Treichel, o único dos quatro envolvidos no crime, que ainda não havia sido julgado, também foi interrogado pela manhã e negou envolvimento no crime, alegando ter sido vítima de calúnia. A defesa também usou a tese de negativa de autoria.
À tarde ocorreram os debates entre a defesa e o Ministério Público, representado pelo promotor José Olavo Passos, que ainda espera ver presos todos os envolvidos, já condenados, mas ainda em liberdade, pois aguardam decisão do Tribunal de Justiça do Estado.