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COSULATI : Cooperativa anuncia reestruturação para enfrentar a crise

15 dezembro
09:10 2015

Segundo Arno Kopereck, presidente da Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios (Cosulati), o Brasil de hoje é totalmente diferente do Brasil do dia 31 de dezembro de 2014.

Na tarde de ontem, às 14h, a direção e a presidência da cooperativa reuniram-se com todos os 71 produtores de frango associados para discutir a situação da avicultura. Segundo a administração da Cosulati, apesar de prever um rendimento de cerca de 300 milhões de reais – semelhante ao do último balanço –, o aumento no preço do milho, de R$ 29,00 a saca (60 kg) para R$ 43,50 e a subida do preço da tonelada de ração de soja de R$ 980 para R$ 1570, combinado com o fato de que não houve um aumento proporcional no valor do produto final, pode comprometer a cadeia produtiva do frango.

SEGUNDO Arno Kopereck, presidente da Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios, “o Brasil de hoje é totalmente diferente do Brasil de dezembro de 2014.”

SEGUNDO Arno Kopereck (esq.), presidente da Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios, “o Brasil de hoje é totalmente diferente do Brasil de dezembro de 2014.”

Além desses aumentos, a cooperativa afirma que não possui capital de giro suficiente para proporcionar segurança. A Cosulati tem um patrimônio de 125 milhões de reais e prevê um rendimento de aproximadamente R$ 300 milhões para o ano de 2015, mas ainda tem obrigações de financiamentos no valor de cerca de R$ 94 milhões. A cooperativa, que também é a responsável pelos produtos da marca Danby, emprega aproximadamente 700 trabalhadores diretamente e mais cerca de 17.000 pessoas indiretamente através das cadeias produtivas.

O pior dos cenários apresentados pela direção e presidência da cooperativa seria ter de realizar o que chamam de “parada estratégica” na produção de frango e ração, que poderia acontecer a partir de janeiro e por um período de no mínimo seis meses. Para que essa situação não se concretize, a Cosulati depende do sucesso de uma parceria com uma empresa privada da região da serra gaúcha, que a administração optou por não divulgar ainda, e da intercooperação com outras cooperativas. A direção e presidência têm confiança de que até janeiro poderá divulgar o resultado positivo destas negociações.

A Cosulati tem cerca de 15.000 aves abatidas por dia e uma produção de cerca de 3.000 toneladas de ração por mês.

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