Diário da Manhã

Após um período de turbulência que acabou se transformando numa séria crise financeira e de desempregos, a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda (COSULATI) vai ser autoliquidada. Os associados estão sendo convocados pelo presidente da cooperativa, Arno Alfredo Kopereck, para a assembleia geral extraordinária que será realizada no dia 20 de outubro, a partir das 10h, nas dependências do Galpão Crioulo da Associação dos Funcionários da Cosulati, rua Dario Franz nº 50, no Capão do Leão.

DELIBERAÇÕES

Durante a assembleia haverá análise da situação econômico financeira da cooperativa, além da aprovação do Plano de Governança e Reestruturação. Os associados também irão aprovar o Regime de Liquidação Extrajudicial (Auto Liquidação) da Cosulati. Em seguida – conforme o edital – haverá eleição do       liquidante/administrador, liquidante/adjunto e conselheiros fiscais que terão fixadas suas atribuições e remunerações.

ARNO Kopereck

Outro item que consta do edital é autorização para o liquidante/administrador manter as atividades sociais da cooperativa, bem como gravar de ônus os móveis e imóveis e contrair empréstimos para o pagamento do passivo. O liquidante/administrador também será autorizado pelos associados a promover a venda de ativos da cooperativa e/ou a utilização deste para a integralização de capital em outras sociedades. Finalmente, receberá autorização para negociar a possibilidade de a Cosulati participar de Centrais de cooperativas e/ou sociedade mercantil para viabilizar a continuidade das atividades sociais da cooperativa. Também será nomeado um Comitê Técnico para assessoria e consultoria do processo de Auto Liquidação.

A Cosulati foi criada em 21.09.1973, a partir da fusão da Coolapel (fundada em 1932) e Colacti (fundada em 1955), e atualmente conta com 2.923 associados. Para o presidente Arno Alfredo Kopereck “torna-se imperioso a tomada de medidas urgentes e impositivas, a fim de garantir a reestruturação do negócio cooperativo, com a implementação de um plano de saneamento, recuperação e governança da Cosulati, a semelhança do setor empresarial em geral”. Kopereck justificou que a crise que atingiu a Cosulati é decorrente “do atual quadro econômico e político nacional, prejudicado pela diminuição drástica das linhas de crédito de capital de giro e o aumento das taxas de juros”.